Fadiga ventilatória de corredores treinados após exercício de corrida intervalado de alta intensidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pereira, Adriano Luiz lattes
Orientador(a): Lima, Jorge Roberto Perrout de lattes
Banca de defesa: Mira, Pedro Augusto de Carvalho lattes, Martinez, Patrícia Fernandes Trevizan lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
Departamento: Faculdade de Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8222
Resumo: Introdução: Exercícios aeróbios de alta intensidade, tanto contínuos (HICT), quanto intervalados, (HIIT) são componentes importantes na rotina de treinamento de corredores de fundo. Durante o HICT, são sustentadas, sem interrupção, corridas a intensidades próximas do ponto de compensação respiratória (PCR). Por outro lado, o HIIT se caracteriza pela alternância de fases de esforço com intensidades acima do PCR, seguidas de fase de recuperação passiva ou ativa a baixas intensidades (próximas ao limiar anaeróbio). O HIIT tem se mostrado eficiente em induzir aumento da força muscular inspiratória já que, nas fases de esforço, realiza-se grande trabalho respiratório, com a mobilização de grande volume corrente (VC) e alta frequência respiratória (FR), o que pode provocar fadiga muscular ventilatória imediatamente após a sessão de treino. Objetivos: Testar a hipótese que uma sessão de HIIT provoca maior fadiga muscular ventilatória, inferida pela redução da força muscular inspiratória e da resistência ventilatória, quando comparada a uma sessão de HICT em corredores de fundo. Metodologia: Participaram do estudo 10 corredores treinados (25,4 ± 4,7 anos de idade e VO2max de 63,0 ± 6,6 ml/kg/min). Foram realizadas 3 visitas ao laboratório. Na primeira, foi realizado o teste ergoespirométrico máximo, para a mensuração do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e da velocidade associada ao VO2max (vVO2max), e familiarização com os testes ventilatórios. Na segunda e terceira visitas, os voluntários fizeram, em sequência randomizado, dois tipos de treinamento de mesma duração e intensidade média: HICT (14 minutos a 85% da vVO2max) e HIIT (7 esforços de 1 minuto a 110% da vVO2max intercalados por intervalos de 1 minuto a 60% da vVO2max). Antes (ao final do o aquecimento) e após os dois protocolos de treino, foram realizadas mensurações da força muscular inspiratória, pela pressão inspiratória máxima (PImax), da endurance ventilatória, pelo teste de endurance do diafragma com carga fixa (TEDCF) e da percepção de esforço (PSE). Durante o exercício, foram coletados VO2, FR, VC, por meio de um analisador de gases. Os resultados foram apresentados em média e desvio-padrão. As diferenças entre as médias foram testadas por análise de variância para medidas repetidas seguida do teste post-hoc de Tukey (p<0,05) ou teste “t” de Student para amostras dependentes (p<0,05). Resultados: Os dois protocolos de treino (de mesma duração e intensidade média) provocaram o mesmo consumo de oxigênio, mas a FR, VC e PSE foram maiores no HIIT. Após ambas as sessões de treino, não houve redução da força inspiratória (PImax) e houve redução semelhante na endurance respiratória (TECF). Conclusão: Quando pareadas por tempo e intensidade média, sessões de HIIT e HICT apresentam o mesmo VO2 apesar do HIIT apresentar maior FR, VC e PSE. Após as sessões de treino, não há redução da força inspiratória (PImax) e redução semelhante da endurance respiratória (TEDCF).