Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
BARBOSA, Kathia Maria de Melo e Silva |
Orientador(a): |
BOTLER, Alice Miriam Happ |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54735
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Resumo: |
A Felicidade é tema tratado pela história e pela literatura que a tomam como uma busca, quase que inerente da condição humana e, ao longo do tempo, foi se metamorfoseando, com vistas a corresponder a cada contexto sociocultural. No Século XXI, ela volta a ser tema de interesse social, mas agora observada como um objeto consumível, vendido nas mais diversas formas de produtos, livremente especulado pelo mercado à luz dos ideais neoliberais. Essa compreensão nos impulsionou a pesquisar sobre como a escola tem mediado o debate acerca da Felicidade, com vistas a apoiar estudantes em formação a desenvolverem a percepção de Felicidade que querem para si. Nestes termos, nos perguntamos: quais as potencialidades da gestão escolar democrática para promover o debate sobre a autopercepção de Felicidade pelos sujeitos escolares. Na busca por respostas, o objetivo geral da pesquisa foi o de apreender algumas das concepções de Felicidade, de justiça e de democracia, posto que se trata de conceitos multifacetados, os quais se ajustam aos contextos, imprimindo-lhes um caráter identitário único. Para dar conta desta caminhada, definimos como objetivos específicos: 1. Reconhecer como os conceitos de Felicidade, democracia e justiça na escola tem sido tratado pela literatura, no contexto atual; 2. Analisar a autopercepção de Felicidade dos sujeitos escolares; 3. Caracterizar as razões que provocam o sentimento de Felicidade nos sujeitos escolares; 4. Relacionar a percepção de sujeitos escolares sobre Felicidade ao valor atribuído à educação e 5. Analisar se existe uma associação das práticas de uma gestão escolar democrática e justa com a autopercepção de Felicidade dos sujeitos escolares. Para tanto, realizamos um estudo de caso em uma escola da rede pública estadual de Pernambuco, selecionada por ter incluído, entre as disciplinas eletivas, propostas no ano de 2021, uma disciplina denominada Felicidade. Utilizamos como instrumentos para a coleta dos dados a entrevista semiestruturada e o questionário, como forma de possibilitar ao sujeito participante a escolha do instrumento que o deixasse mais confortável. Após a transcrição das entrevistas, empregamos a análise de conteúdo para categorizar e interpretar as respostas obtidas. Os dados apontaram que os sujeitos se reconhecem como pessoas felizes e apontam a escola como um lugar onde são felizes. Concluímos com esta pesquisa que a gestão escolar tem forte inserção na promoção de um ambiente escolar democrático participativo, associado à sua interação na perspectiva da promoção do bem-estar. Isto pode até desencadear práticas justas que se traduzem no autorreconhecimento dos sujeitos escolares como pessoas felizes, assim como eles identificam a escola como um lugar promotor dessa Felicidade. No entanto, Felicidade, para eles, tem sido mais relacionada à posse/controle (Ter), contrapondo-se ao que defendemos como uma questão de virtude humana (Ser), à luz de Aristóteles, ou ainda auxiliando-os a atribuir um sentido para a vida. |