Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
FERREIRA, Mariana Azevedo de Andrade |
Orientador(a): |
MUTZENBERG, Remo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/20184
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Resumo: |
Desde a década de 1980 o movimento feminista tem se visto diante de questionamentos que alimentam um acalorado debate acerca dos limites e possibilidades de ampliação de seu sujeito político. Esta questão tem tomado novos contornos na reivindicação de uma identidade política feminista por parte de homens e transgêneros, colocando em xeque o até então critério básico para a assunção da identidade feminista. A saber: ser mulher. O presente estudo aborda especificamente a emergência dos homens enquanto sujeito político do feminismo. Para tanto, apresentamos inicialmente um breve histórico que procura demonstrar as diversas formas de apoio e participação dos homens nas ações e reivindicações feministas desde o marco das lutas sufragistas até os dias atuais. Percorremos ainda a trilha das teorias feministas e de gênero na tentativa de compreender a possibilidade de emergência do homem enquanto sujeito político do feminismo a partir das teorias que informam esse movimento social. Na busca de construir um marco teórico acerca da constituição das identidades para além de subjetividades originárias e iniciais, recorremos à teoria do discurso formulada por Ernesto Laclau e Chantal Mouffe. Com o objetivo de compreender a identificação dos homens com o feminismo, esse arcabouço teórico é confrontado às entrevistas realizadas com homens que se identificam como feministas. Dessa forma, compreendemos a emergência dos homens enquanto sujeito político do feminismo a partir da articulação de suas demandas em uma cadeia de equivalências feminista. Tal articulação está orientada por uma concepção do feminismo como um projeto ou modelo de sociedade, A diferença sexual é concebida de modo a não determinar as diferentes posições que os sujeitos podem assumir em relação ao projeto/ modelo de sociedade feminista. Entretanto, tal articulação se dá não sem resistências. No decurso do texto, também podemos perceber como se faz presente uma contraditória reafirmação do feminismo como um espaço de articulação circunscrito pela diferença sexual. |