Ecologia dos mixomicetos e dictiostelídeos ocorrentes em ambientes naturais e cultivados do Estado de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: LIMA, Vitor Xavier de
Orientador(a): ANDRADE, Laise de Holanda Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25246
Resumo: Os mixomicetos e dictiostelídeos já foram explorados em diversas áreas no mundo, porém pouco se sabe sobre os fatores que estariam influenciando sua ocorrência em ambientes naturais e o impacto da antropização. No presente trabalho foi estudada a influência de variáveis ambientais na ocorrência dos mixomicetos lignícolas em Mata Atlântica; e além dos primeiros registros dos dictiostelídeos para o país, os efeitos da atividade humana nos mesmos em áreas situadas no estado de Pernambuco. Entre outubro de 2011 e junho de 2012, foram coletadas oito amostras de solo provenientes de dois fragmentos de floresta ombrófila densa de terras baixas e oito de áreas de cultivo de Manihot esculenta Crantz e Saccharum officinarum L. para a detecção da ocorrência e abundância de dictiostelídeos. No mesmo período, foram realizadas 16 coletas em seis unidades de conservação de Floresta Atlântica situadas em três municípios de Pernambuco, onde foram analisadas as comunidades de mixomicetos presentes em 84 troncos mortos e suas características, sendo estas: estágio de decomposição; capacidade de absorção de água; dureza da madeira; diâmetro; cobertura de fungos e musgos; contato com o solo; exposição ao sol. Foram ainda consideradas a temperatura média do ar e a pluviosidade. Os primeiros registros de dictiostelídeos no Brasil indicam a ocorrência de Dictyostelium fasciculatum, D. firmibasis, D. macrocephalum, D. aff monochasioides, D. mucoroides, D. purpureum, Polysphondylium pallidum, P. pseudocandidum e P. violaceum. Foi observado um decréscimo na abundância destes organismos nas áreas cultivadas. Foram encontradas 46 espécies de mixomicetos, sendo Fuligo aurea nova referência para o Neotrópico, Metatrichia horrida para o Brasil e Cribraria mirabilis e Didymium verrucosporum para Pernambuco. Através de análises multivariadas foi inferido que o pH e o estágio de decomposição dos troncos foram as variáveis mais importantes para a ocorrência das espécies e as condições meteorológicas foram secundárias.