Contribuição à vigilância e ao diagnóstico da peste bubônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: COSTA, Érika de Cássia Vieira da
Orientador(a): ALMEIDA, Alzira Maria Paiva de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26879
Resumo: A peste, infecção por Yersinia pestis, é uma zoonose de grande importância epidemiológica mundial e no Brasil. A peste é uma doença principalmente de roedores silvestres e suas pulgas/vetores, mas pode afetar os seres humanos e outros mamíferos. Mais de 200 espécies de roedores são hospedeiros/reservatórios da infecção. No Brasil, a infecção permanece em focos naturais localizados em vários complexos ecológicos da região Nordeste, norte de Minas Gerais e na Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Os conhecimentos atuais sobre as populações de roedores e suas pulgas/ectoparasitas nas áreas focais de peste assim como a prevalência da infecção entre roedores e pulgas são insuficientes. O monitoramento das áreas focais da peste exige a disponibilidade de métodos de diagnóstico rápidos, simples e eficientes utilizando técnicas sensíveis e específicas aplicáveis às diversas amostras biológicas de diferentes origens (homem, roedores, carnívoros domésticos e selvagens). Nosso objetivo foi atualizar as informações sobre os roedores e outros pequenos mamíferos nos focos de peste do Nordeste do Brasil, desenvolver e avaliar uma técnica imunoenzimática (ELISAProteinA) para aplicação nas atividades de diagnóstico e vigilância da peste. No período de 2013-2015 foram realizadas nove expedições de uma semana cada, às áreas focais de peste historicamente mais importantes nos estados de Pernambuco, Ceará e Bahia, onde foram coletados 392 roedores e outros pequenos mamíferos (marsupiais). As análises bacteriológicas e moleculares realizadas nas amostras de tecidos dos animais foram negativas para a Y. pestis e apenas um animal se revelou positivo nas análises sorológicas. Apesar da baixa prevalência da infecção encontrada, a densidade e a diversidade de reservatórios/hospedeiros nas áreas focais evidencia a necessidade de incrementar os estudos nesses locais. Conjugados formados pela proteína A do Staphylococcus aureus (ProteinA) ligada a enzimas representam uma alternativa no desenvolvimento de testes sorológicos, já que essa proteína possui afinidade universal com imunoglobulinas de diversas espécies de mamíferos domésticos e selvagens. Visando otimizar a metodologia das atividades de vigilância e controle da peste no Brasil, ensaios foram realizados para avaliar o desempenho da técnica imunoenzimática ELISA proteína-A utilizando um conjugado composto pela proteína A ligada a peroxidase. Os resultados mostraram que pela sensibilidade e especificidade o teste permite descartar as amostras com reações inespecíficas ou falso positivas desde a triagem o que repercute em grande ganho de tempo e economia de material.