Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Leite Parente, Cristiano |
Orientador(a): |
Elisabeth de Araújo, Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8017
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Resumo: |
A preocupação sobre os efeitos das prospecções sísmicas marítimas nos cetáceos ganhou força após a abertura do mercado de exploração e produção de petróleo em 1997. O Governo Federal passou a exigir das empresas de geofísica a realização de monitoramento de mamíferos aquáticos durante as sísmicas marítimas. Mesmo assim, pouco se conhece sobre os efeitos da atividade nos cetáceos no Brasil. Este estudo analisou os monitoramentos de cetáceos ocorridos entre 1999 a 2004 durante as sísmicas marítimas. Estas informações foram associadas aos resultados das observações de cetáceos e com dados dos encalhes de baleias-jubarte no mesmo período. Foi ainda realizado um levantamento do histórico das sísmicas marítimas desde o início da exploração de petróleo no Brasil, bem como sobre as informações científicas dos impactos da atividade nos cetáceos. As sísmicas marítimas, embora estando presentes desde a década de 1950, não constituem uma ameaça recente às espécies de cetáceos. Atualmente a atividade apresenta maior ameaça às espécies oceânicas que às costeiras, pois as sísmicas vêm sendo realizadas cada vez mais em águas profundas. Não foi observada relação significativa entre os encalhes de baleias-jubarte e as sísmicas marítimas. Significativa correlação negativa foi identificada entre as sísmicas marítimas e a diversidade de cetáceos, sugerindo que este grupo pode ser utilizado como indicador biológico do impacto da atividade. Os impactos causados pelas sísmicas marítimas nos cetáceos não são facilmente evidenciáveis, sendo necessárias análises de séries temporais com metodologia de coleta de dados padronizada. Os órgãos reguladores da atividade devem atuar de maneira integrada com as instituições financiadoras para definir programas de monitoramento de longo prazo visando identificar efeitos da atividade em populações de cetáceos ocorrentes no Brasil |