Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Melanie Laura Mariano da Penha |
Orientador(a): |
OLIVEIRA, Anna Luiza Araújo Ramos Martins de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29757
|
Resumo: |
O presente trabalho consiste numa tentativa de perscrutar os caminhos da emergência de narrativas sociais sobre “infâncias trans”. Narrativas fruto de um momento efervescente no qual o cruzamento de discussões sobre gênero, sexualidade e infância revisita saberes sobre as possibilidades dos sujeitos constituírem suas identidades desde a tenra idade, borrando as fronteiras do gênero designado no nascimento. Analisamos as investidas discursivas da mídia – enquanto dispositivo pedagógico – sobre “infâncias transexuais”. Compreendemos a educação como um fenômeno que se transporta para fora de instituições como a escola e, especialmente nos idos atuais, através de pedagogias culturais, está circunscrita a modos de subjetivação. Nossa perspectiva teórico-metodológica está amparada na teoria política dos discursos (LACLAU; MOUFFE, 2015), na perspectiva pós-estruturalista de gênero (BUTLER, 2003; BENTO, 2006) e nos estudos culturais da mídia (FISCHER, 2002; ELLSWORTH, 1997). Analisamos dois corpora: I. matérias jornalísticas digitais sobre crianças transexuais e II. texto áudio visual da série “Quem sou eu?” produzida pelo programa “Fantástico”. Observamos que há construções discursivas sobre infância e transexualidade sendo revisitadas a fim de produzir a categoria “infâncias trans” e fixar os sujeitos pertencentes a ela. Esse processo se dá num intenso movimento de articulação entre discursos médicos, familiares e jurídicos que tensiona a estrutura discursiva cisnormativa e tenta legitimar identidades antes marginalizadas. Essa (re)articulação discursiva, entretanto, ainda se ancora em argumentos que buscam uma origem e fundamento para as subjetividades. |