Entre a harmonização e a federação: sociedades públicas em Pernambuco (1831-1834)
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Historia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39978 |
Resumo: | É comum afirmar que o Período Regencial é um dos momentos mais complexos da formação da nação brasileira e também um dos menos conhecidos. Por muito tempo esteve engessado em abordagens que dificultaram ainda mais o seu entendimento. Como pontua a historiografia, a década da Regência é de grande efervescência no que diz respeito aos discursos políticos e à atuação de seus agentes. O povo e a elite da Província de Pernambuco não ficaram de fora dos movimentos que prenunciavam novas experiências para a recém fundada nação. A atividade de imprensa, em todo país, esteve atrelada a um notável surto associativo. Em 1831 mais de cem associações políticas foram criadas em todo o Império e muitas delas exerceram considerável influência na Regência. Após a abdicação de Pedro I, as perspectivas se mostravam difíceis. A elite, que havia cindido em querelas políticas, achava necessário advogar em nome da ordem e da tranquilidade pública. Os jornais tinham uma função não só formativa, mas representavam uma tomada de consciência em relação aos caminhos políticos que o Império adotaria. Nesse contexto, a presente dissertação procurou investigar a atuação de duas sociedades públicas presentes em Pernambuco, a Sociedade Patriótica Harmonizadora e a Sociedade Federal, entre os anos de 1831 e 1834, no início de um processo histórico que foi batizado pela historiografia clássica como “Nacionalização da Independência”. Essas sociedades públicas, que faziam parte das novas formas de associativismo político, marcaram uma época de transformações dos espaços públicos. Buscou-se compreender, através de diversas fontes documentais, como estas sociedades públicas se formaram e como estabeleceram relações com uma imprensa partidária. Além disso, também foram analisadas as redes políticas que estas estabeleceram com sociedades de outras províncias, bem como o agrupamento das elites provinciais em facções e associações políticas. Para isso, foram analisados os debates na impressa partidária que tomava corpo em Pernambuco, verificando principalmente os jornais que eram porta-vozes das sociedades, tornando públicas as ideias das facções políticas. Para notar a diversidade de espaços que o associativismo político alcançou foi necessário analisar uma vasta documentação de múltiplas origens. A fim de compreender a construção e o sentido das informações que permeiam as fontes, foi adotado como método de análise o “cruzamento de fontes”, originalmente utilizado por Robert Slenes (1999) e por Walter Fraga (2006). |