Desenvolvimento de plataformas eletroquímicas de biossensores para detecção do vírus Mayaro (MAYV) baseadas na competição entre o azul de metileno e oligonucleotídeos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: FERREIRA, Jean Moisés
Orientador(a): LIMA FILHO, José Luiz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38094
Resumo: O Mayaro vírus (MAYV) é um arbovírus Alphavirus, família Togaviridae, capaz de infectar humanos, causando a Febre do Mayaro. Não há registro de mortes pela infecção do MAYV, contudo, durante a fase crônica da infecção pode-se observar artralgia e artrite persistentes, que debilitam e diminuem qualidade de vida dos pacientes. Como observado em outras infecções arbovirais, o MAYV pode alcançar significante parcela da população e desencadear surtos que afetem variadas regiões do mundo. Frente a isso, faz-se necessário o desenvolvimento de ferramentas biotecnológicas para detecção do MAYV que sejam de fácil manuseio, baixo custo e apresentem resultados rápidos. Desta forma, o presente trabalho objetivou a construção de plataformas biossensoras baseadas em genossensores eletroquímicos capazes de detectar o Mayaro vírus. Utilizando-se ferramentas de bioinformática, uma sequência específica do MAYV foi selecionada e usada para sintetizar duas sondas específicas, uma com esqueleto de fosfato (PO4-ssDNA) e outra com modificação NH2 na terminação 3’ (NH2-ssDNA – sonda aminada); e para verificar a capacidade de interação da sonda com seu alvo, foi utilizada a técnica de eletroforese em gel de agarose. O design experimental consistiu na construção de seis plataformas biossensoras em eletrodos Screen Printed. Os eletrodos foram modificados usando as técnicas de deposição de monocamadas e voltametria cíclica, onde, por eletropolimerização, foram formados polímeros dos aminoácidos cisteína (PolyCys) e ácido glutâmico (PolyGlutAc), e por eletrodeposição foram formadas nanopartículas de prata (AgNP). A imobilização das sondas foi efetuada por adsorção física, Layer-by-Layer, e as mensurações foram conduzidas por meio de voltametria de pulso diferencial. De acordo com a análise da eletroforese, ambas sondas mostraram capacidade de anelamento com o alvo. As eletrossínteses foram realizadas com sucesso, contudo, os sistemas com AgNPs não diferiram dos que não as tinham. Os maiores picos foram observados após as imobilizações das sondas. Os sistemas 4 (monocamada de cisteína + sonda aminada) e 6 (poliácido glutâmico + sonda aminada) mostraram os mais altos picos de corrente. O sistema 6 apresentou melhores resultados em comparação aos outros sistemas, permitindo diferenciar todos os passos da construção da plataforma eletroquímica, sendo, portanto, mais promissor para construção de biossensores portáteis e sensíveis ao Mayaro vírus.