Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Melo, Edilaine Andrade |
Orientador(a): |
Waechter, Jorge Luiz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/198932
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Resumo: |
Os afloramentos rochosos são considerados ilhas terrestres por apresentarem condições ambientais e comunidades bióticas distintas do entorno. Essas formações rochosas podem apresentar grande heterogeneidade topográfica, desde horizontais ou inclinadas até verticais ou escarpadas. Os ambientes rupestres são colonizados por uma vegetação altamente especializada, exposta a condições microclimáticas e edáficas particulares, como temperaturas mais elevadas em relação ao entorno, retenção de calor e ausência de solo. Bromeliaceae é uma das famílias com maior frequência e diversidade em afloramentos rochosos neotropicais por apresentarem diversos atributos funcionais que permitem a sobrevivência em condições de estresse hídrico. Neste trabalho avaliamos os padrões de diversidade e distribuição de Bromeliaceae em escarpas rochosas inseridas em matriz de Floresta Atlântica no sul do Brasil. Foram amostradas 24 escarpas rochosas, sendo 12 associadas à Floresta Ombrófila Densa e 12 associadas à Floresta Estacional Semidecidual. No primeiro capítulo avaliamos os padrões florísticos de bromélias rupestres associadas às diferentes fisionomias florestais, analisando composição, riqueza e mecanismos de dispersão. No segundo analisamos os padrões de diversidade beta de bromélias rupestres, identificando variáveis ambientais e espaciais que podem atuar na estruturação de comunidades rupestres de florestas pluviais e sazonais. No terceiro avaliamos a vulnerabilidade ambiental das escarpas por diversos critérios, associando o grau de ameaça com a diversidade e a abundância de bromélias rupestres, evidenciando assim a importância dos afloramentos para a conservação das espécies. Amostramos 26 espécies de bromélias e nossos dados mostraram diferenças florísticas evidentes entre comunidades de bromélias rupestres associadas à Floresta Ombrófila Densa e à Floresta Estacional Semidecidual. Nossos resultados mostraram que a diversidade de bromélias não está diretamente relacionada ao grau de isolamento das escarpas amostradas. No entanto, a similaridade florística diminuiu com o aumento da distância entre as unidades amostradas, corroborando uma das previsões da Teoria da Biogeografia de Ilhas. Ao avaliar os padrões de diversidade beta, observamos uma contribuição significativamente maior de substituição (turnover) em relação ao aninhamento (nestedness). A sazonalidade térmica, a precipitação anual e a distância da linha da costa foram os fatores mais importantes que afetaram a variação na composição florística. Entretanto, mais uma vez ficou evidente que o espaço exerce uma influência importante nos padrões de distribuição das espécies estudadas. Nossos resultados demonstram que tanto os fatores ambientais determinísticos quanto os efeitos espaciais estocásticos podem atuar em conjunto para definir a estrutura das comunidades de bromélias que ocorrem sobre rochas. Durante nosso trabalho de campo registramos também diferentes tipos de impactos ambientais e de possíveis ameaças que ocorrem sobre e no entorno dos afloramentos. Neste contexto, nossos resultados mostraram que tanto a riqueza quanto a abundância das bromélias diminuem à medida que aumenta o grau de ameaça nos afloramentos rochosos, mostrando a importância da conservação desses ambientes para a manutenção da flora local e regional. |