Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
FARIAS, Gabriel Bittencourt |
Orientador(a): |
MELO, Pedro Augusto Mendes de Castro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33214
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Resumo: |
A presente dissertação é composta por dois capítulos forma de manuscrito, ambos com o intuito de avaliar a comunidade mesozooplanctônica demersal de ambientes recifais, em Tamandaré (capítulo 1) e Arquipélago de Abrolhos (capítulo 2), em termos de estrutura, produção e biomassa, estimando os padrões de exportação de carbono desse compartimento para o ambiente pelágico. Em ambos estudos foram utilizadas armadilhas de emergência para a coleta do mesozooplâncton demersal, colocadas ao pôr do sol e retiradas ao nascer do sol. No capítulo 1 foi considerada a variação sazonal (seco e chuvoso) e em curta escala de tempo (dias), bem como a capacidade de dois esforços amostrais distintos (intensivo e trimestral) em avaliar essa comunidade. 72 taxas foram identificados, com o período seco apresentando uma maior densidade e diversidade a partir de um esforço intensivo, enquanto que para o esforço trimestral não foi observada diferença entre os períodos para estes parâmetros, destacando a melhor representatividade da comunidade a partir de uma maior intensidade amostral. Entre os períodos seco e chuvoso, em ambos os esforços, não foram observadas diferenças significativas para a biomassa e produção. A comunidade demersal apresentou uma grande contribuição em biomassa e produção para a teia trófica pelágica, sendo destacada a contribuição dos organismos maiores como Mysidacea e Amphipoda em detrimento de Copepoda, apesar deste último dominar em termos de abundância. Para o capitulo 2 foram considerados dois tipos de substrato (areia e recife de coral) e a variação interanual (2014 x 2016). 71 táxons foram identificados no arquipélago de Abrolhos durante os dois anos, com 2016 apresentando um maior número de táxons exclusivos e uma maior riqueza de espécies. Para os substratos foram observadas diferenças apenas para a abundância, com o recife apresentando uma abundância cerca de 3x superior a observada em fundo arenoso. Através da PERMANOVA foi possível observar que a comunidade faunística se diferiu tanto entre os substratos quanto entre os anos. Foi possível também constatar uma grande contribuição de carbono da comunidade demersal para o meio pelágico em ambos os anos independente do substrato. Através da presente dissertação foi possível destacar o papel dos organismos demersais na teia trófica pelágica, enfatizando a sua contribuição no fluxo de energia e carbono. Aqui ainda se aponta a necessidade de mais estudos específicos sobre essa comunidade, que não é corretamente amostrada utilizando redes de arrasto. |