Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Gleice de Souza |
Orientador(a): |
SCHWAMBORN, Ralf |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31680
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Resumo: |
A composição e biomassa do zooplâncton dos recifes de Tamandaré (PE, Brasil) foram investigadas com o objetivo de caracterizar esses ecossistemas como fontes ou sumidouros de zooplâncton para o ambiente pelágico. Foram desenvolvidos dois novos sistemas de redes estacionárias: a Channel Midwater Neuston Net (CMNN) e a Reef Edge Net (REN), adaptadas para a coleta de zooplâncton em pontos fixos próximos aos recifes. Também foram desenvolvidos fatores de conversão para o cálculo da biomassa do zooplâncton, através da análise de imagens, com base nos dados de comprimento, diâmetro esférico equivalente, área e biovolume do zooplâncton de ambientes costeiros tropicais. As coletas foram realizadas durante noites de lua nova de 19 a 22 março e de 10 a 12 de novembro de 2015 e de 7 a 11 de março de 2016. A camada subsuperfícial da água foi amostrada através de arrastos subsuperficiais com rede cônica (300 µm), com duração de 13 minutos, após o pôr do sol. As novas redes estacionárias (300 µm) coletaram durante 4 horas, contra o fluxo de corrente das marés vazantes. A REN foi ancorada na borda dos recifes e amostrou o zooplâncton “lavado” do topo recifal. A CMNN coletou os organismos que estavam sendo transportados para a plataforma continental em canais entre os recifes. Os dados obtidos com o uso da CMNN e a REN em comparação com a rede cônica mostraram que as novas redes são eficientes na coleta de zooplâncton de recifes rasos. A REN mostrou uma melhor performance na coleta de larvas de peixes e invertebrados bentônicos quando comparada com a CMNN e a rede cônica, provavelmente pela sua posição e profundidade em relação ao recife. As correlações entre os dados de tamanho e biomassa do zooplâncton mostraram que o biovolume foi o parâmetro mais adequado para mensurar a biomassa do zooplâncton de ambientes costeiros tropicais. No tocante às assembleias zooplanctônicas dos recifes de Tamandaré, a abundância do zooplâncton foi significativamente maior na subsuperfície da água e nas bordas dos recifes quando comparada aos canais. A abundância alta de zooplâncton registrada na borda recifal sugere que existe uma baixa predação desses organismos no topo dos recifes, o que pode ser explicado também pela baixa cobertura de corais escleractíneos e alta cobertura de macroalgas dos recifes do Tamandaré. Esses resultados sugerem que ao invés de sumidouros, esses ecossistemas podem ser classificados como fontes importantes de zooplâncton para o ambiente pelágico. O meroplâncton foi mais abundante em relação ao holoplâncton na borda dos recifes e canais. O grupo mais abundante do meroplâncton foi representado pelas larvas de decápodes. Náuplios de cirrípedes, larvas de estomatópodes e ovos e larvas de peixes também foram importantes. O meroplâncton contribuiu com mais de 50% para a biomassa do zooplâncton dos recifes de Tamandaré. Esse estudo mostra a relevância do meroplâncton nos sistemas pelágicos ao entorno de um recife tropical e sugere que a influência de larvas e ovos produzidos por peixes e invertebrados bentônicos residentes dos recifes tem sido subestimada em estudos que abordam a produtividade desses ecossistemas. |