Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
ALBUQUERQUE, Lucas Carvalho Aragão |
Orientador(a): |
SILVA, Hilton Justino da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33965
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Resumo: |
O envelhecimento é um processo natural, que afeta sistemas e funções. Dentre os acometimentos, encontram-se as alterações na função da deglutição. Estudos relatam que as modificações na deglutição, em idosos robustos, estão relacionadas a perda da força e da resistência da língua, a hipoativação da musculatura suprahioídea e a diminuição da pressão e do volume da faringe. Diante disso, algumas manobras terapêuticas foram criadas com intuito reabilitativo. Dentre as propostas terapêuticas utilizadas pra reabilitação da deglutição, elenca-se a manobra de Mendelsohn, cujo objetivo é fortalecer a musculatura da língua e faringe e favorecer a elevação laríngea. Além da terapia convencional, estudos têm utilizado o Biofeedback eletromiográfico, para favorecer e potencializar a terapia da deglutição. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo verificar, em idosas robustas, os efeitos da terapia com a manobra de Mendelsohn associada ao biofeedback eletromiográfico na deglutição. Para tanto, foram selecionados 20 idosos robustos, sem queixas na deglutição ou relacionadas ao sistema estomatognático. Todos os participantes eram do sexo feminino e tinham idade média de 66,9 anos. Para fins comparativos, foram criados dois grupos pareados pelo sexo e pela idade, um grupo experimental e um grupo controle. O grupo experimental, com 10 voluntárias, passou por um regime de terapia convencional, com a manobra de Mendelsohn, associada ao biofeedback eletromiográfico. Enquanto, o grupo controle, também com 10 voluntárias, passou pelo mesmo regime de tratamento sem o apoio do biofeedback. Antes e após as terapias foram avaliadas as pressões e resistências da língua com o IOPI, a eficiência da deglutição com o AMIOFE, a atividade elétrica da musculatura supra-hioídea com a eletromiografia de superfície e a geometria faríngea com a faringometria acústica. Após oito sessões de terapia, ambos os grupos apresentaram melhoras na função e nas estruturas avaliadas. As diferenças, para ambos os grupos, na pressão de língua após as terapias foram significativas (Experimental p<0.001 e controle p<0,006), assim como para resistência de língua (Experimental p<0.001 e controle p<0,001). Os resultados para eficiência dos lábios foram significativos para ambos os grupos, durante a deglutição de líquidos e pastoso (Experimental p<0.009 e controle p<0,023 para líquidos e pastoso). A melhora significativa na eficiência da deglutição foi observada no grupo experimental para líquidos e pastoso (p=0,011 e 0,003), respectivamente. Não foram observadas mudanças significativas na média dos potenciais eletromiográficos avaliados. Avaliando o tempo dos potenciais eletromiográficos para deglutição de líquidos e pastoso, foram encontradas diminuições significativas em ambos os grupos. O número de picos eletromiográficos apresentou redução significativa para líquidos e pastoso no grupo experimental e com 50ml de líquido no grupo controle. A variável geométrica da faringe foi significativamente reduzida, para área de secção transversal da junção orofaríngea, no grupo experimental (p=0,24). Diante dos dados encontrados, podemos concluir que a terapia com a Manobra de Mendelsohn, associada ao Biofeedback eletromiográfico, tem efeitos positivos na função e nos parâmetros morfométricos de estruturas relacionadas à deglutição em idosas saudáveis. |