Maternidade precoce no contexto da pobreza: um estudo de gênero na Vila das Aeromoças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Glória Lucena de Araújo, Ana
Orientador(a): Régia Fernandes Gehlen, Vitória
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10008
Resumo: Baseado na investigação científica, este estudo procura identificar como a maternidade precoce participa do processo de reprodução social da pobreza, em adolescentes de baixa renda. A pesquisa foi realizada na Vila das Aeromoças, comunidade que localiza-se na UR-5 Região Metropolitana do Recife. Como estratégia metodológica o estudo utilizou o método de estudo de caso, por considerar o caso uma unidade significativa do todo e revelar a multiplicidade de aspectos globais, presentes em uma dada realidade, possibilitando a reconstrução dos fenômenos observados. Como instrumentos de coleta de dados, a pesquisa utilizou o questionário e a entrevista semi-estruturada. O referido estudo foi desenvolvido entre março-2001 e junho-2003. A literatura sobre a pobreza é vasta, reflexo de um fenômeno que é antigo e que relaciona-se com diversos outros aspectos da sociedade e não apenas com o econômico. Entretanto essa vasta literatura não é homogênea. Diversas correntes de pensamentos embasam as explicações para pobreza, fato este que possibilitou uma reflexão mais ampla do seu desenvolvimento ao longo do tempo. O mesmo não acontece com os estudos sobre adolescência e maternidade. O conceito de adolescência é muito recente, e devido a própria transformação que a sociedade vem passando, encontra-se em pleno desenvolvimento. Os estudos sobre saúde sexual e reprodutiva, dentro dos quais inclui-se a maternidade, ganha contornos mais específicos a partir da década de noventa, apoiado nos estudos de gênero, o qual passa a questionar o papel da mulher em relação ao homem na sociedade. A saúde reprodutiva, especificamente, é um tema bastante recente. Por um lado, isso é bom. Significa que temos um longo percurso a percorrer na formulação daquilo que desejamos que entre na pauta dos direitos sexuais nos contextos onde debatemos e atuamos. Por outro lado, limita nossas análises, uma vez que a produção ainda é dispersa e fragmentada. A análise de gênero foi utilizada objetivando vizibilizar às mulheres, especificamente, às mulheres adolescentes, dentro do planejamento de ações referentes a saúde sexual e reprodutiva, possibilitando que essas ações não limitemse a priorizar a renda como indicativo de dificuldades, mas considere as relações de gênero, tendo em vista as transformações ocorridas nas últimas décadas