A produção de cana-de-açúcar nos assentamentos rurais da Zona da Mata Paraibana : monopolização do território e estratégia de reprodução camponesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FREIRE, Noemi Paes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40784
Resumo: Este trabalho tem como objetivo pesquisar a produção de cana-de-açúcar nos assentamentos de Reforma Agrária na Zona da Mata paraibana. Buscamos recuperar a discussão sobre os conceitos-chave que fundamentam esta pesquisa, dentre eles: espaço geográfico, espaço agrário, território, disputas territoriais, territorialização do capital no campo, monopolização do território pelo capital, campesinato, reforma agrária e assentamentos rurais. Também realizamos um resgate do processo histórico de produção do espaço agrário da Zona da Mata paraibana e de como foi implantada a política pública de criação de assentamentos rurais. Em seguida, fizemos uma análise da produção de cana-de-açúcar no Brasil, na Zona Canavieira nordestina e, em especial, na Paraíba, mostrando como o Estado, historicamente, subsidiou essa atividade. A partir das pesquisas realizadas em 2009, 2012, 2018 e 2019 traçamos um panorama da evolução da produção de cana-de-açúcar nos assentamentos rurais da região. Por fim, efetivamos um estudo de caso sobre a produção de cana-de-açúcar no P.A. Dona Helena, o assentamento que concentra o maior número de famílias assentadas, o maior número de famílias produzindo cana-de-açúcar e, também, um dos que mais se destaca na produção agroecológica. A tese que defendemos é que a produção de cana-de-açúcar nos assentamentos da Zona da Mata paraibana vem representando tanto a monopolização do território camponês pelo capital sucroenergético quanto uma estratégia de reprodução dessas famílias no campo e que a monopolização do território pelo capital vem evoluindo de forma inversamente proporcional às condições de reprodução da vida dessas famílias, ou seja, com a melhoria das condições de vida nos últimos anos, constatamos que houve uma redução da produção de cana-de-açúcar nos assentamentos da região.