Contribuição à compreensão do social no pensamento de Karl Marx

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: LOBO, Vinícius Gomes
Orientador(a): FERREIRA, Jonatas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27722
Resumo: O objetivo desta dissertação é compreender como o social é abordado pelo pensamento de Karl Marx. Nesse sentido, é preciso que se destaque que não queremos apontar a compreensão que tem Marx das formas históricas ou empíricas através das quais se manifesta o social, ou seja, sua análise das engrenagens que movem a sociedade capitalista, mas sim as ideias que orientam sua compreensão sobre a natureza do social, sobre a forma como o mesmo existe enquanto objeto específico. A questão fundamental aqui, portanto, é a seguinte: o que é o social para Marx? A partir de nossas primeiras leituras e investigações, chegamos à conclusão que não se poderia responder adequadamente a tal pergunta sem nos remetermos às influências filosóficas que marcam o pensamento desse autor, dentre as quais, consideramos a filosofia de Hegel como aquela que, no sentido de nossa questão de pesquisa, é a mais decisiva. Assim, tentaremos chegar à resposta sobre o social em Marx por um caminho que começa com algumas ideias da filosofia hegeliana. Após essa etapa inicial, veremos então como Marx, primeiro, faz uma apropriação crítica de tais ideias e, segundo, como agrega a estas algumas ideias e posicionamentos próprios. Ao final, o que esperamos deixar claro ao leitor é como Marx elabora um novo quadro conceitual para se pensar a manifestação do social, quadro este que, como observaremos pormenorizadamente, fundamenta-se em dois pressupostos: o de que social é uma realidade sintética e o de o mesmo depende basicamente da experiência econômica ou material. Assim, a partir de uma análise pormenorizada da manifestação desses dois pressupostos na obra de Marx, observaremos que, para esse pensador, o social não é um objeto unívoco, um ente com uma forma particular transcendente, mas uma totalidade articulada de forças diversas cujo epicentro é realidade material ou a reprodução coletiva da subsistência vital.