Diferenciais salariais entre os profissionais das ciências e das artes e demais ocupações: qual a importância das características não observáveis?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SILVA, Everlândia de Souza
Orientador(a): ROCHA, Roberta de Moraes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Economia / Centro Academico do Agreste
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14996
Resumo: A segmentação ocupacional, diferente da segmentação de raça e gênero, tem estreita relação com a escolaridade e por sua vez com a produtividade do trabalho, o que faz com que as características não observadas dos trabalhadores tenham considerável relevância na determinação do diferencial ocupacional. Diante disto, considera-se pertinente averiguar os diferenciais salariais no que se refere à ocupação propriamente dita, mais especificamente a classe de ocupação a qual o trabalhador pertence, explorando o papel da heterogeneidade não observada, a fim de avaliar os efeitos das habilidades dos profissionais na determinação do nível salarial. Além disso, a pesquisa se justifica pela falta de evidências empíricas para o Brasil desse objeto de análise. Considerou-se como grupo central de análise os trabalhadores pertencentes ao grupo ocupacional dos Profissionais das ciências e das artes, avaliando a influência das características não observadas para a determinação deste diferencial. Buscou-se identificar ainda se estes profissionais são mais habilidosos que os demais. Para tanto, foram estimadas equações mincerianas, por MQO e painel com Efeitos Fixos, considerando a correção de viés de seleção através do procedimento de Heckman, a partir da base de dados longitudinais da RAIS-MTE para o período de 2005 à 2009. Os resultados mostram que os Profissionais das ciências e das artes ganham, em média, 34,16% a mais que os demais trabalhadores, todavia com o controle das características não observadas dos trabalhadores esse prêmio salarial se reduz para 5,58%, indicando uma influência positiva das características não observadas dos trabalhadores na determinação do diferencial salarial. Após comparar os coeficientes que refletem o diferencial salarial ocupacional dos Profissionais das ciências e das artes com os demais grupos de ocupação, verificou-se que os Profissionais das ciências e das artes são os mais habilidosos. De modo que as habilidades não observadas desses trabalhadores superestima o diferencial salarial ocupacional em 81,52%, estando este grupo de profissionais incluídos na categoria de primário independente.