Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
MORAES, Lúcia de Fátima Barbosa Magalhães |
Orientador(a): |
AGUIAR, Sylvana Maria Brandão de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10541
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Resumo: |
Esta dissertação analisa três manifestos lançados pela sociedade brasileira em defesa da democracia no período eleitoral de 2010 com o propósito de saber em que eles contribuem para se entender a realidade política do Brasil. O debate estabelecido por eles é fundamental para fomentar o exercício da cidadania, mas o dissenso chamou atenção para a descrença de alguns grupos nas instituições e motivou esse estudo a investigar os tipos de democracia a que se remetem, examinar sua contribuição na definição do atual estágio do regime político do país e qualificar a organização política brasileira, com o uso da classificação tricotômica - democrática, semidemocrática e autoritária - tendo como referência o conceito procedural mínimo de Mainwaring, Brinks e Pérez-Liñán. Para isso fez-se um estudo exploratório valendo-se do uso da análise de conteúdo, técnica de base interpretativista de natureza sobretudo qualitativa, com uma abordagem descritiva e explicativa, que exigiu para o seu desenvolvimento pesquisa bibliográfica e documental. O ineditismo do tema ressalta a importância desta investigação. Nunca foram registradas na história das eleições diretas tantas manifestações públicas discutindo a qualidade do regime democrático do país. Assim, identificar o modelo que está a se firmar no Brasil se justifica pela crença de que esta ordem extrapola o campo da política e leva ao fortalecimento das instituições e à garantia das liberdades, constituindo-se no único caminho possível para a construção de sociedades menos desiguais e mais justas, o que significa reconhecê-la também como catalisadora do desenvolvimento, e relevante, especialmente para as regiões mais pobres onde o abuso de autoridade e a omissão do Estado castigam com mais frequência e com maior rigor. Partiu-se do pressuposto de que os discursos proferidos guardavam intenções não explícitas, foram preparados previamente e seus autores, conhecendo os limites da mensagem e suas possibilidades de êxito e de fracasso, usaram expressões com força de persuasão. O cotejamento das mensagens com as teorias, as publicações do período e a legislação vigente apontou para a falsa homenagem que a elite e os políticos brasileiros costumam fazer à ordem formal e que o regime político do país carece de eleições limpas para ser classificado como democrático. |