Mulheres fotógrafas: resistências, enfrentamentos e as redes de (in)visibilidade no contexto do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: VALLE, Isabella Chianca Bessa Ribeiro do
Orientador(a): CRUZ, Nina Velasco e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31874
Resumo: O campo fotográfico é fabricado e ocupado por meio de uma lógica patriarcal. Assim, ao longo da história da fotografia, muitas fotógrafas vêm tendo suas existências inviabilizadas e invisibilizadas através de um dispositivo complexo que será aqui abordado. Atualmente uma arqueologia vem sendo feita para preencher lacunas e reconstruir as vidas e obras das mulheres silenciadas em diversos campos e contextos. Esta tese faz eco a este movimento e propõe uma abordagem engajada com as mulheres fotógrafas do Recife, objeto desta pesquisa, considerando suas biografias e seus enfrentamentos, desde as primeiras gerações de profissionais até hoje. O objetivo é entender as particularidades que atravessam esses sujeitos, além de, sobretudo, dar-lhes voz. Entendemos corpo, sujeito, gênero, mulher, fotografia, patriarcado e micropolítica através de teóricas como Rose Marie Muraro, Linda Nicholson, Judith Butler, Donna Haraway e Suely Rolnik, e de conceitos pós-modernos, como Corpo sem Órgãos (Deleuze e Guattari) e dispositivo (Agamben). Porém, para além da revisão bibliográfica, esta é uma pesquisa qualitativa de campo, realizada através de entrevistas, questionários e experiências, em observação participante, devendo servir como base política para o planejamento de estratégias. Situamos as mulheres fotógrafas do Recife socialmente, mas também em uma esfera íntima, entendemos suas formações, os movimentos coletivos e sua produção estética. É uma pesquisa pautada por afeto e solidariedade e sua conclusão reforça a importância da união entre as mulheres em questão, para a ocupação e fabricação de espaços de legitimação mais inclusivos.