Drama social e memória entre os Yawaripë (Yanomami do Ajarani)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Elizene Miranda da
Orientador(a): PELLEGRINI, Marcos Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Antropologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40262
Resumo: Esta tese apresenta os resultados de um estudo etnográfico sobre os Yawaripë - subgrupo indígena Yanomami habitantes da Região do Rio Ajarani, Estado de Roraima, Brasil, tendo como objetivo compreender o processo de construção da memória e da experiência deste, diante de momentos de intensa transformação e mudanças, vividas a partir do contato com a sociedade nacional, sendo um ponto dessa aproximação especialmente destacado: a construção da Rodovia Perimetral Norte e os impactos produzidos na dinâmica social e cultural. Apresenta um histórico necessário para compreender a situação destes indígenas desde a década de 1970, destacando as mudanças significativas observadas em suas vidas, a dinâmica da relação interna entre os grupos principais e problemas enfrentados na relação com a sociedade regional. Destaca questões apresentadas no cotidiano das relações internas e externas e as formas de agência que elaboram e mobilizam para se organizar e agir frente aos desafios contemporâneos, compreendendo a experiência social a partir do drama. Realiza uma contextualização da memória Yawari partindo da memória histórica da construção da Rodovia Perimetral Norte e discute as narrativas do grupo sobre este evento e outras formas de elaboração da memória, incluindo as percepções sobre o etnônimo com o qual são denominados. Nota-se uma relação com o passado com diferentes usos da memória que movimentam a história do grupo onde lembrar e esquecer são manobras de resistência para neutralizar lembranças de um tempo e lugares marcados por sofrimento, bem como para sustentar a dinâmica interna de uma coletividade composta por sobreviventes de grupos diferentes que nem sempre se relacionaram de forma pacífica.