Software: esboço de um estudo para as ciências da linguagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Gomes de Souza, Aguinaldo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7655
Resumo: No presente trabalho consideramos que o software muito mais que servir de aporte para textos, hipertextos ou gêneros, configura-se em estratégia gradual de construção de sentidos. Para sustentar tal argumento separamos o software em dois estados: o estado processo e o estado produto, sendo o último objeto de nossa análise. Analisou-se o modo como um software é fabricado, procurando compreender e descrever como os processos sequenciais que formam um software (a interface, funcionalidades, base hipertextual e o corpo sígnico), o tornam um suporte. Nesse sentido, observamos e descrevemos como a interface do software, interage com o sujeito utilizador, ao enviar chamados (enunciações que aparecem na interface) dos autores/desenvolvedores desses softwares. Foram também observadas e descritas as relações de alteridade que se estabelecem entre os protagonistas da atividade, interface-sujeito-utilizador com base nos postulados teóricos da Teoria Dialógica da Linguagem (BAKHTIN, 1997) e da Ergolinguística (SCHWARTZ, 2002 a;b e FAÏTA, 2002). Como caminho metodológico de análise revisitou-se a origem e evolução dos softwares enquanto sistemas operacionais, com suas respectivas interfaces, bem como os softwares aplicativos. Embora sabendo da interdependência dos programas, optamos pela distinção software sistema operacional e software aplicativo, detendo-nos no segundo para evidenciar a heterogeneidade enunciativo-discursiva que atravessa o desenvolvimento de um artefato digital. Verificamos ainda aspectos relativos à subjetividade dos sujeitos envolvidos no processo de fabricação de software, concluindo que os softwares carregam em si, na sua interface, formas marcadas e não-marcadas da presença de Outrem