Corais negros (Cnidaria: Anthozoa) do Atlântico Sul: margem continental ocidental e cadeia mesoatlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: LIMA, Manuela Menezes de
Orientador(a): PÉREZ, Carlos Daniel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25213
Resumo: Os cnidários da ordem Antipatharia (Cnidaria: Hexacorallia), popularmente conhecidos como corais negros, estão distribuídos por todos os oceanos do mundo, ocorrendo principalmente em profundidades maiores que 50 m. Sabe-se, porém, que a biodiversidade de mar profundo ainda está subestimada, e a escassez de estudos é ainda maior dentro da ordem. Uma das regiões que melhor representa esse estado deficiente de conhecimento é o Atlântico Sul. Através da identificação de corais negros depositados na Coleção de Cnidaria do Museu Nacional da UFRJ e no Museu de Oceanografia da UFPE, provenientes da porção sul da Cordilheira Meso-Atlântica e da plataforma continental brasileira, aqui registra-se a ampliação na distribuição de 18 espécies, pertencentes à seis famílias (Antipathidae, Cladopathidae, Leiopathidae, Myriopathidae, Schizopathidae e Stylopathidae). Quatro espécies (Parantipathes laricides; Triadopathes triadocrada; Stichopathes paucispina e S. spiessi) são registradas pela primeira vez para o Oceano Atlântico. Aqui também é registrada pela primeira vez a associação entre poliquetas polinoídeos e corais negros no Atlântico Sul Ocidental. Através de uma análise de similaridade faunística, foram revelados dois principais centros de endemismo neste oceano: o grupo do Caribe e o Canadá + Nordeste do Atlântico. O levantamento prévio à análise mostrou várias regiões que nunca foram amostradas, ou com ocorrências escassas. O panorama aqui exposto evidencia a necessidade de fomentar os estudos taxonômicos e biogeográficos com corais de mar profundo, para que a real diversidade do grupo possa ser elucidada.