Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
CARDOSO, Lismariane da Silva |
Orientador(a): |
GREGÓRIO, Maria das Neves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Geodesicas e Tecnologias da Geoinformacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48656
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Resumo: |
O Arquipélago de Fernando de Noronha é formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos de origem vulcânica, ocupa uma área de vinte e seis quilômetros quadrados, desses, dezessete quilômetros quadrados são da ilha principal “Fernando de Noronha”. Situada no Oceano Atlântico Sul equatorial, distando 545 quilômetros na direção NE da cidade do Recife (PE). Para sustentar o turismo crescente, Fernando de Noronha se desenvolve sacrificando, paradoxalmente, seu principal atrativo turístico, os recursos naturais. O presente estudo visa a análise da variabilidade da linha de costa da ilha principal do Arquipélago de Fernando de Noronha, entre os anos 1997 e 2005, através do Sistema de Informações Geográficas (SIG) a fim de compreender e explicar a evolução espacial e temporal da linha de costa, relacionando-a com as características físicas do ambiente, e uma interação com os fatores morfodinâmicos. Para determinação da linha de costa foram utilizadas fotografias aéreas dos anos 1997 e 2005 obtidas junto a Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife – FIDEM, todas em formato digital. A demarcação da linha de costa foi realizada por vetorização sobre as imagens do ano de 1997 e de 2005. Para esse levantamento foi considerado o limite superior do ambiente praial, ou seja, o contato entre o ambiente marinho e o terrestre, devido a não observação da linha da maré no ambiente. Entretanto, a linha foi definida através da presença da faixa arenosa nas imagens mais antigas. Tomou-se como base a linha mais antiga (1997) a fim de analisar a variação do deslocamento, e foi identificada por meio do cálculo das taxas de deslocamento (m/ano) a erosão e acresção através da ferramenta Digital Shoreline Analysis System (DSAS) integrada no programa ArcGis10.2.2, por meio de cálculos estatísticos. Para à análise das taxas de deslocamento da linha de costa foi levado em consideração a direção da costa e o seu posicionamento em relação aos hemisférios e o posicionamento na ilha, sendo classificadas em setores setentrionais e setores meridionais, levando-se em consideração a distribuição e a mudança da linha de costa, sendo essa constituída de praia arenosa (1997) e/ou da ausência dessa (2005). Dessa forma foram distribuídos cinco setores Meridionais e cinco setores Setentrionais. Os dados relacionados a velocidades e direção dos ventos e a precipitação foram obtidos no Banco de Dados do Sistema Nacional de Dados Ambientais (SINDA-INPE). Após a vetorização da linha de costa e o processamento no DSAS foram gerados os seguintes resultados: o setor 1 meridional apresentou uma variação média de -1,772 m/ano; no setor 2 Meridional a média da taxa de deslocamento foi de -1,31 m/ano; o setor 3 meridional deslocou- se -0,933 m/ano. Para o setor 4 meridional, a variação média da taxa foi de 2,193 m/ano, a taxa de deslocamento foi positiva, porém sem o arco praial; o setor 5 meridional apresentou uma taxa de -3,682 m/ano. Para os setores Setentrionais, o setor 1 obteve -0,371 m/ano de deslocamento; O setor 2 setentrional apresentou uma taxa média de -0,472 m/ano; No setor 3 foi constatada uma taxa média no valor de - 0,565 m/ano; Para o setor 4 setentrional o deslocamento médio foi de -1,700 m/ano. O setor 5 setentrional apresentou o deslocamento médio da taxa de -1,237 m/ano. Em relação a mediana dos setores meridionais e setentrionais, a maior parte dos resultados apresentaram valores próximos da média. Para o desvio padrão, os maiores valores de dispersão dos dados foram observados nos setores 1 e 4 meridionais e no setor 5 setentrional. Em relação as médias dos dados observados nas taxas de deslocamento, apenas o setor 4 Meridional apresentou uma média positiva entre todos os setores estudados. Os setores Meridionais e Setentrionais apresentaram retrogradação da linha de costa, exceto o setor 4 meridional, entre 1997 a 2005, entretanto houve a retirada de sedimento, expondo a rocha abaixo desses. É necessária uma pesquisa mais profunda para o deslocamento negativo da linha de costa da ilha de Fernando de Noronha, levando em consideração o aumento do nível oceânico, bem como as mudanças climáticas e fenômenos como a El Niño e La Niña. |