Leões do Norte: orgulho e preconceito de ser nordestino em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva De Mello, Ciema
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/804
Resumo: No Brasil, por motivos de ordem geopolítica derivados da História Colonial do país, a região Nordeste corresponde a uma zona de exclusão. Devido a esse fato a identidade nordestina é percebida como sendo uma representação negativa da nacionalidade. O objetivo desta pesquisa é o de estudar, nos moldes do interpretativismo de Clifford Geertz e das teorias da pós-modernidade desenvolvidas por Michel Maffesoli e por Boaventura Souza Santos o significado presente do ato de ser nordestino para as classes desfavorecidas do Estado de Pernambuco. E, assim acrescentar subsídios a discussão que ora opõe, no processo de construção de democracia brasileira, as identidades periféricas do Nordeste às identidades centrais do Sul e do Sudeste do país. A recente viragem pós-moderna na Antropologia tem sido associada a expiação da culpa colonial e, a vista disso, a presente pesquisa tenta mostrar como e porquê o passado colonial ainda atua na vida cotidiana das classes subalternas em espaços rurais e urbanos periféricos onde pessoas vivem hoje quase do mesmo modo como viviam a um século atrás porém, por outro lado, onde as pessoas também começaram novos processos de construção de identidade que agora estabelecem conexões reais, entre o global e o local, o tradicional e o moderno (pós-moderno) e, portanto, gradualmente, estabelecem os novos papéis sociais das classes subalternas em Pernambuco os quais estão, principalmente, baseados na violência e na exclusão