Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
CARDOSO, Thalita Pedon de Araujo |
Orientador(a): |
SANTANA, Davi Pereira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37676
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Resumo: |
Após um período de ênfase nas ações governamentais para a modernização da agricultura na região nordeste do Brasil, o Vale de São Francisco tornou-se um local fértil e propício ao cultivo, principalmente de frutas, onde é possível encontrar grandes empresas e pequenos agricultores. Assim, o agrotóxico dimetoato (organofosforado) amplamente utilizado nesta região foi selecionado como objeto desde estudo. O estudo de caso in vivo foi realizado com três trabalhadores através de duas abordagens: 1) uma secção de algodão, imitando uma peça de roupa, fixada nas roupas do trabalhador, em diferentes regiões com área exposta específica para investigar a exposição dérmica do dimetoato; 2) a quantificação do estrato córneo foi realizada pela técnica de tape-striping para avaliar a absorção dérmica do dimetoato. Uma abordagem in vitro usando células Franz foi realizada aplicando-se dimetoato (0,4 e 1,8 μg) diretamente na pele de porco ou em uma seção de algodão antes de entrar em contato com a pele de porco. Dois estudos ex vivo foram ainda realizados em, um com córneas bovinas excisadas frescas e refrigerada e o outro com olhos bovinos inteiros frescos, refrigerados e danificados. Em ambos os experimentos foram aplicados 50 μL (5 mg/mL) de uma formulação de pesticida emulsificável (Dimetoato 500 EC®). Os resultados in vivo demonstraram os altos níveis de agrotóxicos aos quais os agricultores estão expostos, com a exposição dérmica potencial total entre 0,87-2,85 mg/pessoa/h e o fator estimado de penetração de EC(PF) entre 0-54,0 e 0- 28,9% para a nuca e os braços, respectivamente. Para o estudo in vitro, a quantidade de pesticida retido no EC foi de 52,63 ± 10,73 e 135,15 ± 31,8 ng/cm² após a aplicação diretamente no EC e demonstrando uma boa concordância com a abordagem in vivo. No estudo de absorção ocular ex vivo, os perfis de dimetoato, os fluxos e os coeficientes de permeação não apresentaram diferenças estatísticas (p <0,05) entre córneas excisadas frescas e refrigeradas. Em relação aos resultados obtidos para permeações em olhos inteiros, houve diferença estatística (p <0,05) entre os experimentos realizados com olhos frescos e os realizados com olhos refrigerados/danificados. Assim, os estudos preliminares demonstram que a abordagem ex vivo desenvolvida utilizando olhos inteiros é simples e demonstrou ser reprodutível para avaliação de agrotóxicos. É evidente que testes adicionais precisam ser realizados utilizando-se outros pesticidas com características físico-químicas distintas para uma melhor compreensão da passagem dos agrotóxicos pela pele. |