Práticas funerárias e cultura material nos Sertões da Paraíba : a necrópole sítio Pinturas I, em São João do Tigre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: SANTOS, Juvandi de Souza
Orientador(a): OLIVEIRA, Cláudia Alves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/450
Resumo: O trabalho visa analisar as possíveis práticas funerárias de grupos humanos dos Sertões da Paraíba, tomando como estudo de caso a necrópole sítio Pinturas I, em São João do Tigre, na microrregião do Cariri Ocidental da Paraíba. A região é dominada pelo bioma caatinga e no entorno do sítio Pinturas I encontram-se vários sítios com as mesmas características geoambientais e culturais, sugerindo um padrão de escolha pelos antigos habitantes da região. A historiografia mostra-nos que a área era habitada desde o período do pós-contato pelo grupo humano que foi denominado de Cariri. Partindo da premissa que podemos estudar e conhecer a vida de um grupo humano através da morte de seus indivíduos, apresentamos como principal objetivo desta pesquisa o estudo das estruturas funerárias do sítio Pinturas I, procurando-se identificar se o grupo ou os grupos que ocuparam este sítio apresentam as mesmas características descritas na historiografia do período do contato. A metodologia baseia-se em duas etapas distintas: levantamento de dados historiográficos acerca das temáticas abordadas, como morte, práticas funerárias e cultura material e sondagem arqueológica do sítio Pinturas I, para evidenciar o material arqueológico. De forma geral, os dados obtidos na escavação foram poucos satisfatórios, tendo em vista o elevado grau de antropismo do sítio. Mesmo assim, verificou-se que as figuras rupestres existentes no abrigo não apresentam ligações com os indivíduos ali inumados, bem como tratar-se de sepultamentos relativamente recentes, com datações obtidas através do método absoluto TL, que demonstra serem os corpos inumados do período posterior ao contato, sugerindo, possivelmente, tratar-se de indivíduos pertencentes aos índios Cariris. O elevado grau de antropismo acabou por inviabilizar algumas análises capazes de aferir o perfil cultural desse grupo humano; no entanto, dentro de nossas possibilidades e limitações, realizamos levantamento incipiente do modus vivendi desse grupo através da cultura material resgatada na escavação arqueológica, levando-nos a conhecer melhor suas características e atuação nos Sertões da Paraíba