Fenômeno de muitas-faces como observado na esquizofrenia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Delúsia de Oliveira Rocha, Christiane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8291
Resumo: O fenômeno de Muitas-Faces, foi descoberto no LabVis-UFPE quando estavam sendo feitas pesquisas sobre a detecção do contraste de freqüências espaciais, radiais e angulares na região do ponto cego no sistema visual humano. O fenômeno ocorre quando se observa uma face na periferia do campo visual e é caracterizado pela percepção de movimento/mudança de expressão facial nos olhos, boca, face, sobrancelha e 3D; e pelo surgimento de características diferentes ou outras faces (cabeça para baixo, vê a si mesmo, vê mais jovem ou mais velho, surgimento de dentes, bigode/barba, mudança de cabelo, vê perfil de outras faces). No presente estudo, o fenômeno foi estudado em portadores de esquizofrenia (EZ). Esta última é uma desordem que ocorre em cerca de 1 % da população mundial e afeta a percepção e a cognição. Baseado no conhecimento já relatado na literatura em estudos com métodos psicofísicos e fisiológicos, e nos critérios diagnósticos da esquizofrenia, a presente investigação teve como objetivo verificar a ocorrência da observação do Muitas-Faces em indivíduos portadores desta patologia. O estudo foi feito com voluntários não ingênuos (que já observaram o fenômeno) com idade variada, divididos em 2 grupos de 20 voluntários: um grupo formado por portadores de EZ (experimental) e outro com pessoas sem o diagnóstico (controle). Foi utilizada uma face feminina como face-estímulo medindo 21 graus de ângulo visual, sempre apresentada na periferia. O resultado mostrou diferença significante entre os grupos e gênero dos voluntários. Mais mulheres do grupo experimental relataram a observação do Muitas-Faces com o olho esquerdo, o que sugere uma preferência pelo hemisfério cerebral direito no processamento do Muitas-Faces, quando o córtex está afetado por esta patologia