Estudo dos lipídeos extraídos do caroço da manga como aditivo sustentável para o PVC exposto à radiação gama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ARAÚJO, Carlos Henrique Lucena
Orientador(a): AQUINO, Kátia Aparecida da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
PVC
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32332
Resumo: O Poli (cloreto de vinilia) (PVC) é um polímero utilizado na produção de artefatos médicos como cateter e bolsa de sangue. Em procedimento de esterilização, esses materiais podem ser expostos a radiação gama. Tal exposição pode acarretar alteração na cadeia polimérica. As alterações podem influenciar em diferentes propriedades do polímero. Nesse estudo, os lipídeos extraídos do endocarpo da manga (LEEM), nas concentrações de 0,3% (m/m) para a Gordura Extraída do Endocarpo da Manga Espada (GEEM-E) e 0,7% (m/m) para o Óleo Extraído do Endocarpo da Manga Palmer (OEEM-P) foram inseridos na matriz do PVC e foram produzidos filmes para os sistemas com e sem aditivação. Os filmes foram irradiados com uma fonte de ⁶⁰C, o em ar atmosférico e temperatura ambiente. Análises viscosimétricas apontaram que a massa molar viscosimétrica média (Mv) do sistema sem aditivação apresentou uma perda de 12,7% no sistema irradiado a 25 kGy, apresentando como principal efeito, ocasionado pela radiação, a cisão. De maneira mais discreta esse efeito também foi verificado nos sistemas aditivados com a GEEM-E e o OEEM-P, onde a formulação contendo a GEEM-E conferiu 59% de proteção ao PVC e com o OEEM-P 97%. Os LEEM não conceberam estabilidade térmica para o PVC, contudo parece ter alterado o mecanismo de degradação térmica do polímero. Os ensaios ópticos indicaram o amarelecimento dos sistemas, onde ficou claro que mesmo os LEEM conferindo estabilidade radiolítica ao PVC, o mecanismo de estabilização não ocorreu pela diminuição do número de desidrocloração. Os espectros no Infravermelho por Transformada de Fourier (FT-IR) não indicaram interações químicas entre as moléculas dos lipídeos e as do PVC. Quanto as propriedades mecânicas, os sistemas aditivados apresentaram diminuição no módulo de elasticidade.