Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Souza, Rafael Queiroz de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-12082010-143158/
|
Resumo: |
Em 1967, uma carta enviada ao British Medical Journal relatou que a re-esterilização em Óxido de Etileno (EO) do Cloreto de Polivinil (PVC) previamente gamairradiado forma grandes quantidades de etileno cloridrina, um composto altamente tóxico. Mesmo não apresentando dados mensurados, esta carta iniciou uma polêmica que até hoje divide a opinião de pesquisadores. Dirimir esta dúvida é relevante, uma vez que produtos de PVC esterilizados em Radiação Gama são habitualmente reesterilizados em EO em caso de vencimento do período de validade da esterilização, que é determinado pelo fabricante. Este estudo objetivou evidenciar a toxicidade de tubos de PVC por meio do teste de citotoxicidade pelo método da difusão em ágar em culturas celulares NCTC clone 929. Foram criados quatro grupos experimentais com 81 unidades de análise: G1, constituído de tubos in natura; G2 constituído de tubos esterilizados em Radiação Gama; G3 constituído de tubos esterilizados em EO e G4 constituído de tubos esterilizados em Raios Gama e re-esterilizados em Óxido de Etileno. Os testes foram realizados em triplicata e cada tubo foi testado de forma a representar as superfícies internas, externas e massa. Após a mensuração do halo incolor, as unidades de análise foram graduadas de acordo com os graus de reatividade biológica descritos na norma ISO 10993-5:2009. Foram consideradas citotóxicas apenas as unidades análise que obtiveram grau três ou acima. Os resultados revelaram toxicidade celular apenas no grupo G3, no qual foram observadas placas com morte de todas as células, fato que demandou repetições, conforme a metodologia adotada. Na primeira repetição houve persistência de unidades de análise capazes de causar a morte de todas as células da placa. Na segunda repetição, nenhuma unidade de análise foi classificada como citotóxica. Inferiu-se que houve falhas no processo de aeração no grupo G3 e na primeira repetição. O resultado da cromatografia gasosa dos grupos G3 e G4 atestou que os materiais de ambos os grupos estariam seguros para uso. O valor máximo dos resíduos encontrados em ambos os grupos foi idêntico, contradizendo os resultados do teste de citotoxicidade. Concluiu-se que, nas condições deste experimento, os materiais de PVC esterilizados em Radiação Gama e, consecutivamente, reesterilizados em EO não são citotóxicos e a cromatografia gasosa, utilizada isoladamente, pode produzir resultados questionáveis quanto à segurança dos materiais esterilizados em EO. |