Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
FARIAS, Éllcio Ricardo de Melo |
Orientador(a): |
SANTOS, Maria de Fátima de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40042
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Resumo: |
O modelo de Atenção Psicossocial adotado pelo Estado brasileiro, fruto da luta antimanicomial e do Movimento da Reforma Psiquiátrica, vem passando por intensos desafios decorrentes das disputas no campo das drogas protagonizadas pelo crescente movimento de Comunidades Terapêuticas. Estas instituições, questionam a Estratégia de Redução de Danos e adotam em seus métodos de tratamento o paradigma da abstinência total. Mudanças legislativas vem sendo realizadas com o objetivo de direcionar recursos públicos para financiar leitos de tratamento nestas entidades. sob forte ameaça de desmonte da Atenção Psicossocial. O objetivo desta pesquisa é analisar a representação social dos usuários de álcool e outras drogas presente no projeto terapêutico de Comunidades Terapêuticas. Foi realizado trabalho de campo com observação participante e pesquisa documental que consistiu no levantamento de políticas que orientam os serviços de atenção a usuários de drogas e de projetos terapêuticos destas comunidades. O material, submetido a análise de conteúdo, mostrou que, as políticas públicas têm a concepção de que os usuários de drogas são sujeitos de direitos e precisam ser cuidados em liberdade, por uma rede que atenda as distintas necessidades de saúde e cidadania. Entretanto aparecem resquícios de políticas proibicionistas que associam usuários e criminosos orientando ações policiais para o combate as drogas. As Comunidades Terapêuticas apresentam concepções de sujeito ligadas a moralidade religiosa, a droga é encarada como um desvio, um pecado e seu uso deve ser interrompido, pois o sujeito precisa se aproximar de Deus para vencer mal. Este estudo mostra que as políticas de saúde mental e as Comunidades Terapêuticas têm distintas concepções de sujeitos que fazem uso drogas, fato que espelha distintas visões de sociedade. |