Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Maria de Souza Leal Santos, Rosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4100
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Resumo: |
O presente estudo surgiu da nossa experiência como professora e formadora de professores de Língua Portuguesa, pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco, como também a partir da análise dos relatórios do Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Pernambuco SAEPE do ano de 2008. Essa avaliação demonstrou que a escola ainda continua com bastantes dificuldades para desenvolver a competência leitora dos alunos do Ensino Fundamental e Médio. A partir de então, emergiram as perguntas: por que um número significativo de alunos não consegue desenvolver as habilidades de leitura no período regular de escolaridade? Por que algumas escolas conseguem e outras, não? O que há de novo em algumas escolas que as faz se destacar em relação a outras? Na perspectiva de compreender esse fenômeno, este trabalho teve como objetivo verificar a abordagem didática da leitura no ensino de língua portuguesa e sua contribuição na formação do leitor proficiente. Para tanto, alguns conceitos básicos foram fundamentais: linguagem como atividade social, defendida por Bronckart (2003) e referendada por Orlandi (1996) e Koch (2009); língua como construção social, histórica e cognitiva, situada em eventos de interação, tal como colocada por Geraldi (2003) e Koch e Elias (2009); leitura/leitor como sujeito agente e produtor de sentidos, como postulado por Kleiman (2004) e Rojo (2004); texto como unidade de sentido contextualmente situada, conforme Guimarães (2009) e Orlandi (2006). Neste estudo, adotamos também os conceitos de: gênero do discurso como tipos relativamente estáveis de enunciados, que refratam as condições sob as quais a comunicação é realizada nos diversos contextos (Bakhtin, 1997 e Marcuschi, 2003); análise crítica do discurso enquanto modelo teórico de análise do uso da linguagem como prática social, com base em Faiclough e Meurer (2002); letramento enquanto instrumento de reflexão das práticas de leitura e escrita na escola, conforme Soares (2003), Kleiman (1995), Moraes (2005) e Albuquerque (2002); sequência didática como procedimento metodológico para o estudo dos gêneros textuais (Schneuwly, Dolz e seguidores, 2004); e, finalmente, estratégias de leitura como procedimentos de processamento do texto e construção dos sentidos (Solé, 2004 e Kleiman, 2004). O processo de investigação foi qualitativo e etnográfico, e esteve apoiado, nas teorias enunciativas, discursivas, interacionistas e pragmáticas da linguagem. Observamos a prática de duas professoras durante vinte e quatro dias (doze em um 5º ano e o restante em uma 8ª série), ambas da rede pública de ensino, sendo uma da rede municipal de Camaragibe (PE) e a outra, da rede estadual de Pernambuco. Como resultado deste trabalho, destacamos a comprovação de que, quando o professor tem consciência da natureza e dos modos de funcionamento da linguagem, bem como do seu papel de mediador no processo de aprendizagem dos alunos, agrega maiores condições para atuar em busca de diversos sentidos para a linguagem e organizar as falas em sala de aula, de forma a incentivar a participação, a iniciativa e a cooperação dos alunos e fazendo respeitar as diversas opiniões geradas nos debates sobre os textos lidos |