Taxonomia das esponjas marinhas do arquipélago de Fernando de Noronha (PE)

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: SANTOS NETO, Carlos Alberto Carneiro dos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso embargado
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco; UFPE; Brasil; Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
• Palavras-chave em Português: Invertebrado; Esponja; Taxonomia
• Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38429

O Arquipélago de Fernando de Noronha é um conjunto de 21 ilhas vulcânicas recentes a 360 km da costa brasileira pertencente ao território do Estado de Pernambuco. O arquipélago apresenta ambientes diversificados, como praias arenosas, costões rochosos, cavernas submarinas e piscinas de maré, dessa forma a variedade de esponjas é facilmente visível em diversas áreas. Os objetivos desse estudo foram identificar os espécimes de esponjas marinhas do arquipélago, bem como caracterizá-los de acordo com características morfológicas, e então mapear sua distribuição. As coletas do material foram realizadas em 22 pontos do arquipélago nos meses de janeiro, fevereiro e dezembro de 2018, por meio de mergulho livre e autônomo. Foram também realizadas análises de materiais depositados no Museu Oceanográfico da UFPE. Para estudo taxonômico e identificação foram feitas lâminas dissociadas e de corte. Do total de 198 espécimes coletados, 185 foram identificados em 33 espécies. São nove novos registros para o arquipélago, dentre os quais um para o Brasil, um para o Nordeste, além de duas espécies novas, Ectyoplasia sp. nov., Placospongia sp. nov. Foi possível concluir uma composição faunística típica do Atlântico tropical ocidental, semelhante a região do Caribe, 22 dos 33 espécies identificadas nesse estudo apresentaram distribuição caribenha. A partir das localidades feitas neste trabalho, foram obtidos três principais ambientes de distribuição a partir da análise de índice Sørensen (S=0.9475), cavernas submarinas, estações do Revizee e região entre marés, que incluiu ambientes de praia. Após esse estudo, o arquipélago passou a ter um total de 80 espécies registradas, sendo assim a ilha oceânica brasileira com maior número de espécies de esponjas descritas.