Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
PINHEIRO, Aysa César |
Orientador(a): |
DUARTE, Angela Luzia Branco Pinto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41598
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Resumo: |
A Síndrome de Sjögren Primária (SSP) é uma doença autoimune complexa e heterogênea caracterizada por infiltração linfocítica principalmente em glândulas salivares e lacrimais. Os objetivos do trabalho foram avaliar os níveis de galectinas 1 (Gal-1) e 3 (Gal-3) séricas e salivares em SSP e sua associação com manifestações clínicas da doença. Foi analisado o perfil clínico de 43 pacientes portadores de SSP do Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Para análise das variáveis, utilizamos os critérios classificatórios ESSDAI (EULAR Sjögren’s Syndrome Disease Activity Index), índices de atividade de doença ESSPRI (Eular Sjögren’s Syndrome Patient Reported Index) e o índice de dano SSDDI (Sjogren’s Syndrome Disease Damage Index). Foram analisados os níveis de Gal-1 e Gal-3 séricas e salivares pelo ELISA e correlacionados com variáveis clínicas e laboratoriais. Além disso, as Gal -1 e -3 foram avaliadas por imunohistoquímica em 24 biópsias salivares menores. Das 43 pacientes selecionadas, todas foram do sexo feminino, com média de idade de 45,28 anos. O valor da mediana da Gal-1 no soro foi de 33338,30 pg/ml comparada com os controles 2002,86 pg/ml com p<0,001 e a mediana da Gal-3 no soro foi de 4452,50 pg/ml e dos controles foi de 2004,00 pg/ml com p<0,001. O valor da mediana da Gal-1 salivar também foi mais elevada em relação ao grupo controle (7015,3 x0 pg/ml) com p=0,038, porém maiores níveis não foram encontrados nos pacientes em relação aos controles para a Gal-3 salivar. Observou-se uma maior mediana nos níveis de Gal-3 salivar nos pacientes que desenvolveram manifestações glandulares da doença (p=0,015) e houve correlação direta moderada (r=0,64 com p=0,025) entre os níveis de Gal-3 salivar e o número de linfócitos. Observou-se maior marcação da Gal-3 nos ductos de tecido glandular das biópsias de glândulas salivares menores, comparado com a pouca expressão da Gal-1. Não houve associação estatisticamente significante entre os níveis das galectinas (Gals) séricas e salivares com as provas de atividade inflamatória (PCR, VHS) e com dosagem de IgG sérica. Observou-se o aumento dos níveis de Gal-1 e Gal-3 séricas e de Gal-1 salivar em pacientes com SSP comparados com os indivíduos saudáveis, além de maiores níveis da Gal-3 salivar nos pacientes que pontuaram no domínio glandular do ESSDAI, como também maior expressão de Gal-3 nas biópsias de glândulas salivares menores. Esses achados apontam para uma possível aplicabilidade dessas Gals como biomarcadores em SSP. |