As imagens do corpo na construção de memórias sobre moda : uma análise da Revista Vogue

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ORACIO, Eduardo Manoel Barros
Orientador(a): GRIGOLETTO, Evandra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39520
Resumo: Este estudo parte da compreensão da mídia impressa como sendo uma organização discursiva, que se desdobra em relações significantes a partir da materialização da ideologia nas práticas discursivas. Tais práticas foram observadas, levando-se em conta diferentes materialidades discursivas presentes nos editoriais de moda da Vogue USA. Para analisar o corpus que integra esta pesquisa - Romeu e Julieta (2008) e a Bela e a Fera (2005) – ancoramo-nos nos pressupostos teórico-metodológicos da Análise do Discurso de orientação pecheuxtiana, que entende o discurso não como uma simples transmissão de informações, mas como efeitos de sentido entre interlocutores, sendo sempre (re)produzido a partir de condições de produção específicas. Por isso, objetivamos pensar a imagem discursivamente nos editoriais de moda, observando como ela se estrutura enquanto discurso na sociedade de consumo. Além de analisar os modos como os editoriais de moda materializam os seus discursos através das imagens. E por fim, observar como o corpo é utilizado como materialização discursiva dessa mídia e como a moda ressignifica esse corpo em seu discurso. Desse modo, tomando o corpo enquanto objeto discursivo, entendemos que ele media a relação entre imaginário e o real, conferindo incompletude aos sentidos. Os editoriais de moda mobilizam, portanto, recursos que estão inscritos no interdiscurso, principalmente para causar efeitos de proximidade e de reconhecimento do leitor. O leitor/consumidor, assim, apreende, por meio da memória social, os sentidos que subjazem a esses editoriais. Desse modo, a imagem é compreendida como um mecanismo tanto discursivo quanto ideológico, já que é atravessada por valores simbólicos, que constroem significados para e/ou pelo sujeito.