Abordagem multi-metodológica utilizando o gene period (per) em estudos de genética de populações e filogeografia de Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychdodidae), vetor da Leishmania infantum chagasi na Região Tropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: FÉLIX, Pierre Teodósio
Orientador(a): BALBINO, Valdir de Queiroz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13186
Resumo: Lutzomyia longipalpis, principal vetor da Leishmania infantum chagasi, apresenta status taxonômico bastante controverso, sendo aventada a possibilidade de que esta espécie represente, na verdade, um complexo de espécies crípticas. Diferenças genéticas entre as espécies irmãs podem implicar em diferenças nas suas respectivas capacidades vetoriais, a exemplo do que é observado no mosquito Anopheles gambie. No intuito de fornecer subsídios para a resolução dos conflitos existentes acerca do real status taxonômico de populações brasileiras de Lu. longipalpis, o presente trabalho faz uso de métodos robustos e intensivos, baseados em modelos probabilísticos utilizando o gene period. Uma das vantagens desse tipo de abordagem multi-metodológica é o fato de por não dependerem de distância genética, podem ser empregados para avaliação de processos de especiação incipientes em que os polimorfismos genéticos não são abundantes. Os resultados encontrados indicam que os métodos de atribuição genética e de máxima verossimilhança apresentaram respostas interessantes não observadas quando se utilizam outras metodologias, incrementando assim, a discussão da taxonomia de Lu. longipalpis. Tais resultados sugerem uma subestruturação, não havendo correlação significativa entre a distância geográfica e a variabilidade genética. Fatores evolutivos como a retenção de polimorfismo ancestral parecem ser responsáveis pela diversidade entre as populações, justificando talvez os mecanismos atuantes na diferenciação do vetor e consequentemente na transmissão da Leishmania no Brasil.