Caminhos cruzados: Versus (1975-1979) e a América Latina – aproximação, presença e (re)leitura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: BUCCHIONI, Xenya de Aguiar
Orientador(a): ROCHA, Heitor Costa Lima da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30582
Resumo: “Fazer um jornal brasileiro assumindo a América Latina”. Eis o ineditismo da proposta lançada por Versus (1975-1979), publicação alternativa editada em São Paulo, mas de alma continental. Tal aposta, feita no cruzamento de caminhos com outras publicações latino-americanas como a cubana Casa de las Américas (1960-até hoje), a uruguaia Marcha (1939-1974) e a argentina Crisis (1973-1976), reverbera e se revela no projeto jornalístico de Versus, incidindo sobre a confecção textual, num movimento alinhado à busca por raízes. Tendo isso em conta e com vistas a contribuir com a lacuna de pesquisas na área da comunicação voltadas à América Latina, dois são os eixos da análise empreendida: a relação de Versus com o território cultural em que se converteu a América Latina em princípios dos anos 1970 e os desdobramentos de tal aproximação no sentido de uma práxis jornalística, em íntima vinculação com o fazer jornalístico – sua função, método, funcionamento, razão de ser. No percurso trilhado, com o foco ajustado à Versus, mas seguindo as pistas das coordenadas continentais, procurou-se descortinar e reelaborar o circuito de comunicação que deu suporte aos encontros (e desencontros) entre estas publicações. Procede-se, assim, à identificação, verificação e reflexão das “falas” intrínsecas de seu projeto político-cultural, assim como as marcas e os marcos que apontam para uma ação de comprometimento na qual, como se pode constatar, o processo de escrita constituiu-se numa forma de engajamento. Nos meandros dos processos e das práticas de Versus, delineia-se, ainda, esse outro jornalismo proposto. Por fim, na busca por vozes que ofereçam outras percepções ao percurso trilhado, se estabelece uma espécie de mapa de relações ideológicas, culturais, políticas e também pessoais e afetivas, composto no contraste entre a visão dos colaboradores que passaram por Versus e os documentos produzidos pelos órgãos de repressão da ditadura civil-militar brasileira.