Simetria nos anos finais do Ensino Fundamental : explorando peças de bordados manuais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: LUZ, Gleicy Kelly de Barros
Orientador(a): BELLEMAIN, Paula Moreira Baltar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55194
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo apresentar como a exploração de bordados manuais pode contribuir para o conhecimento das simetrias nos anos finais do Ensino Fundamental. A prática das bordadeiras foi considerada sob a ótica da Etnomatemática, com foco na dimensão educacional. O percurso metodológico inspirado na Engenharia Didática levou a realizar análises preliminares, apresentar a sequência de atividades e justificar as escolhas didáticas realizadas e analisar as produções dos participantes sem compará-las com um grupo controle. O estudo foi realizado em Passira, cidade do Agreste pernambucano conhecida como terra dos bordados manuais. Dois objetivos específicos foram estabelecidos: (a) averiguar que conhecimentos sobre simetria de reflexão são mobilizados por estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental ao realizarem atividades envolvendo bordados manuais; e (b) identificar aproximações e distanciamentos entre conhecimentos matemáticos presentes na prática do bordado manual e conhecimentos sobre simetria de reflexão trabalhados na escola. Cinco estudantes do 9o ano do Ensino Fundamental matriculados na rede pública municipal realizaram individualmente uma sequência composta de nove atividades envolvendo a exploração de bordados manuais e outros materiais como papel carbono, instrumentos de medição, barbante, papel quadriculado e papel ofício. As atividades eram voltadas para a cultura e para a conexão com o conteúdo de simetria de reflexão. Os resultados sugerem que as atividades propostas envolvendo bordado manual permitiram o resgate e valorização das práticas e saberes das bordadeiras, favoreceram visualizações de padrões geométricos em peças de bordados manuais já produzidas e estimularam a mobilização intuitiva de conhecimentos sobre simetria de reflexão a partir da exploração dos bordados manuais. Com as respostas dos estudantes foi possível perceber que o conhecimento de simetria mobilizado com o auxílio das peças de bordados manuais pode ter sido construído na escola, durante os anos anteriores, mas também pode ter sido construído pelas práticas culturais observadas em seu meio. A sequência de atividades permitiu que, mesmo de maneira intuitiva, ao passar de uma atividade para a outra, os estudantes recordassem e fortalecessem a ideia de simetria ao lembrar termos e aspectos importantes.