Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Vanderlaine Isidorio da |
Orientador(a): |
VICIANO, Vicente Masip |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17292
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Resumo: |
O principal objetivo desta dissertação é trazer uma reflexão sobre a contribuição que a fonologia pode fornecer para a alfabetização na Educação de Jovens e Adultos, guiando-se pela hipótese de que, independentemente do método de ensino que se adote, o conhecimento dos aspectos fonológicos da língua é indispensável para o ensino e aprendizagem da escrita. Dessa forma, depois de traçar um breve histórico da E.J.A, reflete-se sobre os aspectos linguísticos envolvidos no processo de aquisição da leitura/escrita e sobre os métodos de alfabetização, desde os tradicionais até as tendências modernas. Apresenta-se ainda uma breve descrição da fonologia portuguesa, que serve de referência para a exposição de alguns comentários acerca dos processos fonológicos que ocorrem no português brasileiro e que podem ser a causa de desvios ortográficos. Com base no exposto nos capítulos iniciais, é apresentada uma problematização do atual tratamento da fonologia na alfabetização de jovens e adultos, sob duas perspectivas. De um lado, é observada a abordagem da fonologia na formação de alfabetizadores, por meio da análise de um perfil curricular do curso de Pedagogia. Por outro, são examinados dois livros didáticos adotados por programas de E.J.A. no Estado de Pernambuco, EJA – Educação de Jovens e Adultos: Alfabetização e EJA Moderna – Educação de Jovens e Adultos – Alfabetização. Neles, focaliza-se no tratamento dado aos aspectos concernentes à fonologia do português e aos casos em que dificuldades e desvios ortográficos são decorrentes da operação de regras fonológicas. Além disso, eles são comparados, sob essa perspectiva, com um livro didático adotado nos anos sessenta, a cartilha “Viver é Lutar”, do ano de 1963. Por meio das análises realizadas, foi constatada a ausência de disciplinas dedicadas à fonologia da língua portuguesa na formação de alfabetizadores. Quanto aos livros didáticos, verificou-se a insuficiência da abordagem de características fonológicas da língua, a qual pode ser apontada como fruto da evolução das tendências metodológicas, uma vez que no livro de 1963 aspectos segmentais e suprassegmentais são abordados. Com base no exposto ao longo do trabalho e justificando-se pela intrínseca relação existente entre fonologia e alfabetização, chega-se à conclusão de que é indispensável ao professor alfabetizador ter o domínio de conhecimentos fonológicos, pois, a exemplo da ocorrência de processos (sistemáticos ou inerentes ao dialeto dos alunos da E.J.A.), muitos fatores relacionados à organização sonora da língua têm reflexos no processo de aquisição de sua modalidade escrita. |