Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Coelho Cabral, Poliana |
Orientador(a): |
da Silva Diniz, Alcides |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8957
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Resumo: |
A insuficiência renal crônica (IRC) é uma síndrome clínica caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. A ocorrência de distúrbios nutricionais tem sido descrita como evento nosológico comumente encontrado nesses pacientes, elevando significativamente o risco de morbi-mortalidade. O objetivo desse estudo foi o de avaliar o estado nutricional de pacientes com IRC submetidos a tratamento dialítico na cidade do Recife, sendo os resultados apresentados na forma de artigos de divulgação científica. Foram elaborados dois artigos de revisão, abordando o papel dos micronutrientes zinco, vitamina A e ferro, nos pacientes urêmicos em diálise. Os dados primários subsidiaram três artigos originais, descrevendo o perfil antropométrico, bioquímico e dietético desses pacientes, bem como a interferência do procedimento dialítico nos níveis séricos de zinco e vitamina A. O delineamento metodológico, nos artigos de revisão, foi do tipo descritivo, de base documental e, para os artigos originais, foi utilizado estudo de corte transversal, onde foram acoplados um grupo controle e um módulo de análise prospectiva do tipo antes/depois. Os resultados evidenciaram 18,9% de baixo peso e 54,1% de hipoalbuminemia. Com relação à dieta, o consumo de macro e micronutrientes mostrou-se satisfatório, exceto para o cálcio e a vitamina A, onde a ingestão foi inferior a 50 e 70% do valor diário recomendado, respectivamente. A média do retinol sérico nos pacientes em hemodiálise (2,50 ± 0,86μmol/L) foi maior (p= 0,000) do que a encontrada nos indivíduos saudáveis (1,26 ± 0,86μmol/L). Quase 50% dos pacientes apresentaram hipozincemia e não foi observada interferência do procedimento dialítico nos níveis séricos de vitamina A e zinco. A prevalência de anemia foi bastante elevada (52,4%), apesar do uso da eritropoietina recombinante humana e do suplemento intravenoso de ferro. No entanto, os valores elevados de ferritina sérica, associados aos baixos níveis de capacidade total de ligação do ferro, seriam muito mais sugestivos da influência de um possível processo inflamatório do que de uma deficiência absoluta do mineral. Os achados evidenciaram um perfil nutricional peculiar, quando comparado aos relatados na literatura internacional, mostrando a necessidade de um monitoramento contínuo desses pacientes, no sentido de subsidiar informações para o uso na prática clínica, de modo a propiciar uma intervenção terapêutica mais apropriada |