Níveis séricos de vitamina a, avaliação da função visual e da superfície ocular após cirurgia bariátrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: BRANDÃO, Luana Paula Nogueira de Araújo
Orientador(a): LIRA, Rodrigo Pessoa Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22962
Resumo: Introdução: No Brasil, cerca de 15% dos adultos apresentam obesidade. A cirurgia bariátrica é o tratamento mais efetivo para obesidade mórbida, entretanto aumenta o risco de desenvolvimento de deficiência nutricional, como de vitamina A. Apesar da relação já estabelecida entre deficiência de vitamina A e alterações oculares, existem poucos estudos sobre o tema. Objetivo: Avaliar níveis séricos de vitamina A, função visual e superfície ocular de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Casuística e métodos: Estudo observacional, transversal e analítico. A população do estudo foi de 28 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica há pelo menos 6 meses. Foi feita avaliação oftalmológica por meio de teste de visão de cores, teste de sensibilidade ao contraste, acuidade visual com correção, testes de superfície ocular e microscopia confocal, além da dosagem de vitamina A sérica. Resultados: Os pacientes foram avaliados em uma média de 6,3 ± 0,7 meses após a cirurgia bariátrica. Sete deles (25,0%) foram submetidos à gastrectomia vertical e 21 (75,0%), à derivação gástrica em Y de Roux. A média do valor sérico de vitamina A foi de 1,7 ± 0,5 μmoL/L. A maioria dos pacientes (60,7%) apresentavam sintomas de olho seco. Cinco (17,9%) pacientes apresentaram alteração da sensibilidade ao contraste e 18 (64,3%) alteração da visão de cores em pelo menos um dos olhos. Quando considerados apenas os pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux, a média de vitamina A foi de 1,8 ± 0,6 μmol/L, ao passo que nos pacientes submetidos à técnica gastrectomia vertical tiveram média de vitamina A de 1,7 ± 0,5 μmoL/L, sem diferença estatística. Entre os pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux, 28,6% tinham alteração da sensibilidade ao contraste e 85,7% alteração da visão de cores. A análise da influência dos níveis séricos de vitamina A na função visual e na superfície ocular foi realizada pelo teste de correlação de Pearson e não houve correlação significativa entre nenhuma das variáveis e a vitamina A. Conclusão: Não houve influência do tipo de técnica de cirurgia bariátrica utilizada nos níveis séricos de vitamina A, na função visual, nem na superfície ocular. Da mesma forma, não houve correlação dos níveis séricos de vitamina A com a função visual nem com as alterações de superfície ocular.