Efetividade da utilização dos padrõies respiratórios no controle da ansiedade materna durante o primeiro período de trabalho de parto: ensaio clínico contolado e randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: FREIRE, Alessandra da Boaviagem
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17646
Resumo: Objetivo: Avaliar a efetividade da utilização de padrões respiratórios no controle da ansiedade materna durante o primeiro período de trabalho de parto. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado e randomizado, envolvendo 140 primíparas em trabalho de parto ativo, com idade gestacional entre 37 e 42 semanas e Idade entre 12 e 40 anos. Foram excluídas gestações múltiplas e com feto morto, parturientes em uso de analgesia, que apresentem instabilidade clínica e transtornos psiquiátricos. A ansiedade materna (desfecho primário) foi avaliada através do Inventário de Ansiedade Traço-Estado. A dor, satisfação materna e fadiga (desfechos secundários) foram avaliadas através da escala visual analógica (EVA) e da escala modificada de Borg respectivamente. No grupo intervenção foram realizados os seguintes padrões: respiração lenta e profunda, suspiro com pausa pós-expiratória e retardo expiratório a depender da fase da dilatação e intensidade da contração, enquanto que o grupo controle recebeu os cuidados de rotina do serviço. As mensurações foram feitas durante a admissão, e após 2 horas. Para a comparação das características basais dos dois grupos, foram utilizados para as variáveis categóricas os testes qui-quadrado de associação ou exato de Fisher e para as variáveis contínuas o test “t” de Student ou Mann-Whitney. Para a associação entre a variável independente e dependente foram calculadas as diferenças de média (DM) com os respectivos intervalos de confiança a 95%. Para as variáveis dependentes dicotômicas foi calculado o risco relativo (RR) com intervalos de confiança a 95%. Toda a análise desses dados foi realizada nos softwares Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 20.0 para Windows. Admitiu-se o nível de significância de 5%. Os resultados das associações foram tratados através de uma análise de sensibilidade pelo principio de intenção de tratar em apenas as variáveis respostas que apresentaram valores faltantes. Essa análise estatística de imputação dos dados foi realizada com o software Stata 12.1SE (StataCorp - College Station, Texas 77845 USA). Resultados: Não houve diferença entre os grupos em relação ao grau de ansiedade materna (DM: 0,3; IC95% -4.2 a 4.8 e p: 0.91), dor (DM: 0,0; IC95% -0.8 a 0.7), satisfação (DM:0.9;IC95%: -0.1 a 2.0), fadiga (DM: -0.5;IC95%: -1.4 a 2.5) e a duração do trabalho de parto (DM: 0,28;IC(95% -1,32 a 0,75). Também não houve associação entre o uso dos padrões respiratórios e a via de parto (RR: 0,90;IC95% 0,74 a 1,09) e Apgar de 5 minuto (RR: 1,05; IC95% 0,95 a 1,16). Conclusão: Os resultados mostram que o uso dos padrões respiratórios do tipo respiração lenta e profunda, suspiro pós-expiratório e o retardo expiratório durante o primeiro período do trabalho de parto não se mostraram efetivos no controle da ansiedade, dor, fadiga E SATISFAÇÃO materna. Portanto, a adoção de uma orientação respiratória durante o primeiro período de trabalho de parto deve ser realizada de maneira criteriosa e cautelosa, respeitando-se as preferências da paciente