Anemia em pessoas idosas com síndrome demencial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: LIMA, Larissa dos Santos Souza
Orientador(a): DINIZ, Alcides da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Gerontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45392
Resumo: O envelhecimento populacional é um processo caracterizado pela redução da mortalidade e declínio progressivo da fecundidade. Concomitante ao aumento da população de pessoas idosas crescem as doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas as neurodegenerativas demenciais, que geram limitações funcionais nos cuidados básicos de vida diária. Além disso, as alterações fisiológicas, funcionais e bioquímicas que ocorrem no organismo durante o processo do envelhecimento, acarretam também uma tendência de redução da concentração de hemoglobina que tem sido associada ao declínio cognitivo. Posto isto, este estudo, do tipo série de casos, tem como objetivo avaliar a anemia e fatores associados em pessoas idosas com síndrome demencial. A população foi constituída por indivíduos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, diagnosticados com síndrome demencial, assistidos na atenção terciária. Os resultados mostraram que mais da metade (53,3%) apresentavam anemia e neste subgrupo os tipos de anemia mais frequentes foram a normocítica (45,0%) e a normocrônica (42,5%). Houve associação estatística significativa entre anemia e o tipo de demência, tendo o percentual de anemia mais elevado entre os pacientes com diagnóstico de síndrome demencial (64,3%) e Doença de Alzheimer (60,0%). Os resultados obtidos nesse estudo apontam um cenário preocupante, tendo em vista que tanto as baixas concentrações de hemoglobina como o comprometimento cognitivo na pessoa idosa estão relacionadas com o aumento do risco para o desenvolvimento da Doença de Alzheimer, a qual pode levar à perda da independência e autonomia, interferindo negativamente na qualidade de vida do idoso e de sua família.