Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
SILVA JÚNIOR, Roberto Barreto Marques e |
Orientador(a): |
LIMA, Antonio Carlos Mota de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18474
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Resumo: |
Quando do surgimento dos primeiros cemitérios públicos no Brasil, uma personagem marcante - presente em grande quantidade nos pomposos cortejos fúnebres oitocentistas - se fez representar na pedra. Estas personagens foram figuras femininas, largamente representadas nas sepulturas, estando ligadas a valores, ideais, emoções e apresentandose sob diversas formas e trejeitos, inspirados, sobretudo, em um estilo neoclássico. Contudo esta onipresença do feminino nas necrópoles fundadas em meados do século XIX contrasta com a ausência das mulheres de carne e osso na vida pública das províncias, sendo guiadas basicamente pelo discurso e modo de ver masculino, que as restringiam ao âmbito do lar. Cabe a esta dissertação, portanto, identificar as muitas formas de representação do feminino na necrópole de Santo Amaro (entre 1870 e 1930), considerar a relação entre elas, o cotidiano e os discursos das elites sobre os “papeis sociais das mulheres”. Assim, procuro apresentar um espaço onde a iconografia feminina prosperou, dissertando sobre alguns motivos para tanto. Deste modo, no texto que segue, o leitor encontrará um pouco do cotidiano oitocentista do Recife, com seus contrastes de classe, raça e gênero; visualizará os aspectos fúnebres desta cidade em contraste com outras províncias do período e descortinará os dois lados, as duas faces da morte: o primeiro, aterrador, sofrível e pútrido e o segundo, aparente, belo e delicado que busca encobrir o primeiro. |