Análise espacial da vigilância de contatos de pacientes com Tuberculose na cidade do Recife no triênio 2016-2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CARNEIRO, Gledsângela Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40639
Resumo: A Tuberculose é uma doença contagiosa que continua sendo um dos problemas de saúde pública no mundo e no Brasil. Para a interrupção da cadeia epidemiológica da doença, faz-se necessário o tratamento da pessoa doente e busca de seus contatos para avaliação. O objetivo foi analisar a vigilância de contatos de casos novos de Tuberculose para controle de doença ativa e infecção latente na cidade do Recife no período de 2016-2018. Foi realizado um estudo de delineamento ecológico. Foram considerados todos os contatos de casos novos de Tuberculose notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do triênio 2016-2018. Todos os casos novos foram georreferenciados, foi utilizado a análise espacial pelo Índice Global de Moran e local, para isso utilizaram-se os coeficientes de incidência e taxa de avaliação de contatos. Para o deslocamento dos contatos aos serviços de saúde aos prestadores de exames para avaliação de infecção latente da Tuberculose ou doença ativa, construíram-se mapas de fluxo com distância em metros. Utilizaram-se os programas SPSS para análise estatística e QGIS para geração de mapas. O Índice Global do Moran para os Casos novos foi de 0,236478 e para a taxa de contatos avaliados de 0,106339 (p-valor: 0,02 e 0,06 respectivamente). Na cidade, 74,2% dos bairros da cidade não atingiram a meta de avaliar 70% ou mais dos contatos preconizados. Verificou-se variação de distância em linha reta de 1.313,9 a 7.459,0m entre os Distritos Sanitários para realizar a Prova Tuberculínica. Para o deslocamento aos serviços de radiografia de tórax, variou de 1.003,0 a 9.219,3m. Evidencia-se uma iniquidade em saúde, pois o acesso de percurso aos serviços é diferente entre as regiões do município. Na análise, a cidade do Recife, apresenta uma baixa taxa de avaliação de contatos de Tuberculose, comprometendo o controle da doença. Verificou-se que existem diferenciais intraurbanas e assistenciais na vigilância de avaliação de contatos de casos novos de Tuberculose para doença ativa e infecção latente na cidade do Recife. Para contribuir como objetivo de interromper os reservatórios da cadeia epidemiológica da doença, evidenciou-se a necessidade de investimentos em estratégias para assegurar o acesso de percurso para a avaliação e assistência aos contatos de Tuberculose.