Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
ANTUNES, Margarida Maria de Castro |
Orientador(a): |
SILVA, Giselia Alves Pontes da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9112
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Resumo: |
Introdução: Nos familiares de primeiro grau de pacientes celíacos está indicada busca ativa de novos casos por sorologia. Nesse grupo de indivíduos, o diagnóstico da doença celíaca é complexo. Dentre familiares, são frequentes pacientes assintomáticos ou sem sinais de atrofia vilositária na biópsia intestinal. Inúmeros esforços têm ocorrido para elucidar o diagnóstico em situações de dúvida e recentemente, a genotipagem do HLA foi sugerida para esse propósito. Contudo, o perfil HLA é variável entre os povos e ainda não está bem conhecido no Brasil. Objetivos: 1 - Determinar a soroprevalência e prevalência de doença celíaca entre familiares de primeiro grau de pacientes celíacos. 2 - Descrever as alterações histológicas, manifestações clínicas e condições associadas nos novos casos identificados por sorologia dentre os familiares de primeiro grau. 3 - Avaliar as frequências dos alelos codificadores dos HLA DQ2 e DQ8 dentre pacientes com doença celíaca e seus familiares não acometidos por essa doença. Método: O estudo foi descritivo com componente analítico. Os sujeitos da pesquisa foram identificados a partir de pacientes celíacos (caso-índice) acompanhados em ambulatórios de pediatria, gastroenterologia e endocrinologia infantil da cidade do Recife. Os familiares de primeiro grau dos casos-índice foram submetidos à sorologia e aqueles com anticorpo anti-transglutaminase positivo convidados a realizar biopsia de intestino delgado. Nos familiares com biópsia alterada foram pesquisados sinais, sintomas e condições associadas à doença celíaca. Os familiares que tiveram biópsia com sinais de atrofia vilositária juntamente com os casos-índice foram considerados casos. Os familiares com sorologia negativa compuseram o grupo de comparação. Os que tiveram sorologia positiva e biópsia sem sinais de atrofia, assim como os que recusaram a biopsia foram excluídos da análise. Todos os sujeitos foram submetidos à genotipagem dos HLA DQ2 e DQ8 e as suas frequências comparadas entre os dois grupos. A associação entre as variáveis qualitativas foram testadas pelo teste do qui-quadrado ou exato de Fisher, com nível de significância de 5%. Resultados: A soroprevalência foi de 20,1% (35/174). Vinte e dois familiares submeteram-se à biopsia, desses 13/174 (7,5%) com histologia grau III de Marsh, 7/174 (4%) grau I e 2/174 grau zero, conferindo uma prevalência estimada de 11,5%. Todos os familiares com alteração de biópsia tinham sintomas ou condições associadas à doença celíaca. Dentre os 73 casos, 50 (68,5%) tinham o genótipo DQ2, 13 (17,8%) o DQ8, cinco (6,8%) DQ2 e DQ8 e cinco não possuíam esses genótipos. Dos cinco pacientes negativos, quatro tinham um gene B1*02 e um não tinha nenhum dos genes estudados. Dentre o grupo de comparação, 106/126 (78,6%) apresentaram os genótipos DQ2 e DQ8. Conclusão: A soroprevalência e a prevalência de doença celíaca foram elevadas dentre familiares. O achado de biópsia com alterações mínimas também foi frequente. Os genótipos DQ2 foi mais frequente dentre os casos do que no grupo de comparação. A elevada frequência dos genótipos DQ2 e DQ8 encontrada dentre familiares limita o uso da genotipagem para o diagnóstico da doença celíaca nesse grupo |