Análise da sobrevida de pacientes com carcinoma de células escamosas oral em um centro de referência oncológico brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: FERREIRA, Andressa Kelly Alves
Orientador(a): GODOY, Gustavo Pina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Odontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37707
Resumo: O carcinoma de células escamosas da cavidade oral (CCEO) representa o tipo histológico mais prevalente entre as neoplasias malignas de cabeça e pescoço, estando frequentemente associado a prognósticos desfavoráveis. O objetivo deste estudo foi estimar a sobrevida de pacientes com CCEO e sua associação com fatores clínico-morfológicos. Tratou-se de um estudo de banco de dados com análise de sobrevida utilizando prontuários de 525 pacientes com CCEO atendidos em um hospital público do Nordeste do Brasil entre 1999 e 2013. A análise de sobrevida foi realizada pelo método de Kaplan-Meier, sendo verificada a influência dos fatores idade, sexo, estadiamento clínico, localização anatômica, tipo de tratamento e comorbidades no prognóstico dos pacientes. A associação entre as curvas de sobrevivência foi verificada através dos testes de Long-Rank, Breslow e TaroneWare, adotando-se o nível de significância de 5%. Para identificação de variáveis independentes associadas à sobrevida, foi realizada regressão multivariada de Cox. Na amostra avaliada, foi observado um maior percentual de homens, com média de idade de 66,7 anos (± 12,1), sendo apenas 9,3% destes indivíduos considerados adultos jovens (abaixo de 50 anos). A localização anatômica predominante foi a língua (34,9%) e a maior parte dos indivíduos (67,9%) foi diagnosticada em estágios clínicos mais avançados da doença (estágios III e IV). A radioterapia isolada (36,6%) e combinada à cirurgia (32,5%) foram as modalidades terapêuticas mais prevalentes. As comorbidades sistêmicas estiveram presentes em 39,2% da amostra e as bucais em 32,7%. A sobrevida global em cinco anos foi considerada baixa (39%) e as variáveis estadiamento e tipo de tratamento foram fatores prognósticos que influenciaram na estimativa de sobrevida da amostra estudada. Pode-se concluir que a estimativa de sobrevida associada ao CCEO é baixa em pacientes diagnosticados em estágios clínicos avançados, e aqueles que são submetidos à radioterapia isolada como modalidade terapêutica possuem pior prognóstico.