Efeitos adversos à terapia antirretroviral em pessoas infectadas pelo HIV: dificuldades na adesão ao tratamento e mudanças dos esquemas terapêuticos
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34204 |
Resumo: | A terapia antirretroviral (TARV) mostrou-se associada ao surgimento de diversos efeitos colaterais e complicações em longo prazo, que acabam dificultando a adesão do paciente ao tratamento ou promovendo mudança do esquema antirretroviral. Neste sentido, o objetivo desse estudo foi determinar a frequência dos efeitos adversos e suas implicações na TARV em pacientes HIV positivos atendidos no Instituto de Medicina Integral (IMIP), em Recife-PE. Foi realizado um estudo do tipo caso-controle a partir da análise de prontuários médicos de 499 pacientes. No nosso estudo, 69,53% dos pacientes apresentaram efeitos adversos. Os mais comuns foram náuseas, cefaleia, diarreia, tontura, dor abdominal e vômitos. Os pacientes que utilizaram esquemas contendo inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa (INNTR), apresentaram mais efeitos colaterais do que os que utilizaram inibidores de protease (IP), no entanto, trocaram menos de esquemas antirretrovirais devido a esses efeitos do que aqueles que fizeram uso de IPs. A utilização de INNTR e a ocorrência de labilidade emocional, tontura, perturbações visuais/auditivas, sonolência e febre foram associadas estatisticamente. Enquanto que o uso de IP esteve associado a uma maior susceptibilidade em apresentar náuseas e vômitos. A ocorrência de efeitos colaterais foi o principal motivo para troca do regime antirretroviral, e 10,82% apresentaram adesão irregular ao tratamento por esse mesmo motivo. Foi observada associação estatística entre maior irregularidade no uso dos antirretrovirais e a utilização de esquemas contendo IPs como primeiro tratamento. Estes resultados mostram que a maioria dos pacientes convive com efeitos adversos durante a TARV, e que estes efeitos têm sido potenciais responsáveis nas alterações dos esquemas antirretrovirais, além de se apresentaram como uma das principais dificuldades na adesão. Dessa forma, fica clara a importância de entender, monitorar e tratar as reações adversas, a fim de manter a adesão do paciente e melhorar os resultados do tratamento. |