Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Silva, Eraldo da |
Orientador(a): |
Miranda, Carlos Alberto Cunha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7860
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Resumo: |
O eixo central das nossas investigações reside na tentativa de compreensão, em perspectiva histórica, das práticas sociopastorais desenvolvidas pela Pastoral da Juventude da Diocese de Pesqueira, entre os anos 1967 a 1985. Para o alcance desse objetivo, analisamos as produções discursivas e as práticas sociais dos grupos de jovens, relacionando-as ao contexto sociopolítico, cultural e religioso em que as mesmas ocorreram. Tais práticas desvelaram a diferença de modelos eclesiais coexistentes no âmbito da PJ. O ideário éticoreligioso que servia de mola propulsora dessas práticas juvenis mostrou-se, também, multifacetado. As representações tecidas pelas memórias de padres e jovens que atuaram na PJ mostram-na como movimento heterogêneo quanto a concepções de mundo e Igreja, opções prático-pastorais, metodologia de trabalho comunitário, formas de organização grupal e campos de atuação social. Basicamente, dois modelos eclesiais discrepantes informam as práticas dos jovens: (1) identificados com o projeto da chamada Igreja Popular, jovens desenvolvem práticas em meios sociais específicos, preferencialmente entre outros jovens e comunidades pobres, assumindo a perspectiva de construção de uma Igreja e sociedade fraternas; (2) numa linha mais tradicional, jovens reduzem sua ação ao campo do catolicismo institucional, mostrando-se assíduos na oração, nos estudos bíblicos e doutrinários, nas práticas rituais, litúrgicas e catequéticas etc. As práticas juvenis sofreram transformações profundas desde o início dos anos 80, sob o influxo das novas diretrizes pastorais da Igreja no governo de João Paulo II. Procuramos situar a orientação neoconservadora da Igreja no contexto da cultura contemporânea dita pós-moderna, caracterizada pela atomização da existência, pelo individualismo, bem como pelo naufrágio das utopias coletivas de transformação da ordem social e política |