Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
REIS, Patrícia Barbosa dos |
Orientador(a): |
MENEZES, Rômulo Simões Cezar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56445
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Resumo: |
No Brasil, a geração anual de resíduos sólidos urbanos ultrapassa os 80 milhões de toneladas, e deste quantitativo, cerca de 45% correspondem à fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos (FORSU). A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por exemplo, gera diariamente resíduos alimentares, podas e outros resíduos orgânicos, como a maravalha oriunda dos biotérios. A maravalha são raspas de madeira que servem como “cama” para os animais de laboratório. Após o período de uso, ela fica misturada com excretas e, por este motivo, é classificada como um resíduo infectante. Entretanto, nos biotérios de produção não há uso de fármacos ou agentes biológicos contaminantes, portanto acredita-se que, nesse caso, a maravalha possa ser aproveitada sem riscos de contaminação. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade do aproveitamento da maravalha gerada nos biotérios de produção da UFPE através do processo de compostagem com diferentes resíduos orgânicos. O trabalho consistiu na montagem de dois experimentos utilizando a maravalha dos biotérios de produção para a co-compostagem com podas urbanas, restos de alimentos ou esterco bovino. O primeiro experimento utilizou os resíduos de podas e a maravalha, contando com 5 tratamentos e 4 repetições, com 20 kg cada pilha. O segundo experimento utilizou além da maravalha o resíduo alimentar (RA) e o esterco bovino (EB), com 4 tratamentos e 5 repetições. Além desses, também foram realizadas análises microbiológicas para detecção de coliformes termotolerantes. Os resultados do primeiro experimento indicaram que a maravalha possui uma taxa de decomposição lenta, ou seja, é necessária a mistura com outros resíduos mais ricos em nutrientes. No primeiro experimento, apenas no tratamento T2 observou-se a estabilização do composto no período de 120 dias, enquanto nos demais a decomposição foi mais lenta, ultrapassando os 150 dias. Observou-se que a maravalha funciona como material estruturante permitindo assim melhor aeração das pilhas, além disso, ela não possui capacidade de retenção de água, elevando assim o consumo desse recurso. As análises microbiológicas constataram a presença de coliformes termotolerantes, sendo realizadas análises específicas para a Escherichia coli. A maior proporção desses patógenos foram encontrados nos resíduos de podas, no entanto, até o final do experimento (150 dias) foi observada uma diminuição considerável deles. No segundo experimento foi observado o menor consumo de água (57,06% a menos) devido a adição do resíduo alimentar e o esterco bovino, a temperatura inicial foi mais elevada (53,4oC), e a presença dos coliformes termotolerantes diminuiu na medida em que o processo de compostagem avançou. Deste modo pode-se concluir que é viável a utilização da maravalha no processo de compostagem como material estruturante, porém é necessária a co-compostagem com resíduos ricos em nutrientes, como resíduos alimentares e esterco bovino, o que acelera a decomposição e reduz o consumo de água. A destinação para compostagem não só é uma forma de tratamento mais adequada para esses resíduos, mas também contribui para a redução de custos e emissões com o atual descarte da maravalha, que é destinada para a incineração por ser considerada um resíduo infectante. |