Caracterização e tratamento do composto orgânico de resíduos urbanos de Belo Horizonte-MG para a utilização em ações de Agricultura Urbana.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vasconcelos, Caio Vieira lattes
Orientador(a): Leal, Marco Antonio de Almeida lattes
Banca de defesa: Leal, Marco Antônio de Almeida, Coelho, Irene da Silva, Santos, Sílvio da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10361
Resumo: A compostagem é uma das principais alternativas para o tratamento de resíduos sólidos urbanos de natureza orgânica, viabilizando a transformação de materiais instáveis e com contaminações microbiológicas e parasitárias, em adubo orgânico, condicionador de solo ou substrato. Este trabalho foi realizado no âmbito do programa público de compostagem desenvolvido pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) com o intuito de atender o Programa Hortas Escolares e Comunitárias, também da PBH. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar o processo de compostagem, ao longo de 123 dias, e o composto orgânico obtido, identificando a origem e a dinâmica de eventuais contaminações microbiológicas, especialmente de coliformes termotolerantes, bem como desenvolver alternativas de tratamento e utilização, visando adequar o composto da SLU/PBH ao uso em ações de Agricultura Urbana. Verificou-se que o processo de compostagem apresentou valores termófilos durante quase todo o período avaliado. O composto orgânico obtido apresentou pH elevado, condutividade elétrica em valores moderados e elevados teores de macronutrientes. Constatou-se que as matérias-primas utilizadas na compostagem apresentavam contaminação por coliformes termotolerantes, sendo esta a provável origem da contaminação residual ao final do processo de compostagem. Entretanto, também foram encontrados indícios de contaminação cruzada pela utilização conjunta de máquinas/equipamentos e do próprio pátio de compostagem. Não foram identificadas contaminações por Salmonella sp., ovos viáveis de helmintos ou por metais pesados. Os tratamentos pós-compostagem realizados para reduzir/eliminar a contaminação residual por coliformes termotolerantes apresentaram diferentes eficiências, sendo que a solarização com lona plástica transparente mostrou-se altamente eficiente, tornando o composto adequado ao uso agrícola em apenas poucos dias. Avaliou-se também a utilização do composto obtido como substrato para produção de mudas de alface, misturado com diferentes proporções de vermiculita e na presença ou ausência de adubação de cobertura com farelo de algodão. Constatou-se que os substratos com predominância do composto orgânico apresentaram menor germinação. Observou-se também que a adição de vermiculita em maiores proporções foi favorável ao desenvolvimento das mudas, tendo sido possível obter mudas superiores às obtidas com a utilização de substrato comercial. A realização de adubação de cobertura foi essencial para a obtenção de mudas de qualidade. Visando reduzir a contaminação biológica do composto obtido, recomenda-se a adoção de práticas como: cercamento do pátio, redução/eliminação de rejeitos, manutenção da umidade da leira, aprimoramento dos revolvimentos e utilização/higienização adequada de máquinas. Para viabilizar a utilização do composto em larga escala, recomenda-se implantar uma rotina de solarização.